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Mulher viciada em descongestionante usou 15 frascos de Neosoro em 2 semanas

A analsta relata que odeia acordar à noite com falta de ar, e precisa usar um frasco de descongestionante nasal por semana

João Victor Rodrigues

05/06/2023 10h44

Atualizada 06/06/2023 10h33

Foto: Arquivo pessoal

Antonia Suilan, de 37 anos, atualmente moradora de Brno, na República Tcheca, compartilha sua experiência com rinite, uma condição que afeta sua qualidade de vida. Antonia relata que odeia acordar à noite com falta de ar e precisa usar um frasco de descongestionante nasal por semana, principalmente antes de dormir ou durante crises devido à exposição ao pólen. No entanto, houve momentos em que sua dependência era ainda maior, chegando a utilizar um frasco de 30 ml em apenas três dias.

A descoberta da rinite ocorreu quando Antonia morava no Brasil e trabalhava em uma papelaria em Campinas (SP). Desde então, ela tentou diversas abordagens para aliviar seus sintomas, desde medicamentos disponíveis no mercado até tratamentos considerados milagrosos.

Um médico prometia a cura da rinite e realizava injeções no nariz sem anestesia, resultando em sangramentos. No entanto, Antonia descobriu posteriormente que o que ele aplicava era apenas soro fisiológico.

Ela também evitava consumir leite e álcool, mas mesmo assim enfrentava agonia quando exposta ao vento, com a respiração totalmente bloqueada. Nesses momentos, apenas o descongestionante nasal parecia trazer alívio.

Em meio a suas dificuldades, Antonia relembra momentos em que a dependência do descongestionante era tão intensa que chegava a usar o produto constantemente, quase como uma droga. Ela até mesmo dormia com um frasco debaixo do travesseiro para utilizá-lo durante a noite. Em uma ocasião, seus amigos esconderam o frasco enquanto ela dormia, resultando em um episódio de desespero ao acordar sem conseguir respirar.

Embora a situação atual de Antonia esteja melhor, ela ainda carrega consigo a preocupação de ter crises. Ela mantém um frasco de descongestionante no travesseiro, no carro, na bolsa, na casa de amigas e até mesmo um reserva no banheiro.

Quando Antonia se mudou para a República Tcheca em 2019, ela teve que adaptar seus hábitos, pois não encontrava um produto com efeito semelhante no país. Quando soube que alguém estava viajando do Brasil para lá, seu pedido era sempre o mesmo, um descongestionante.

Atualmente, Antonia realiza limpezas com soro fisiológico e utiliza vaselina. Anteriormente, ela acreditava que o descongestionante nasal era responsável por hidratar as vias respiratórias, mas agora compreende que não era o caso.

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