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Mãe acusa hospital em SP de negligência por morte de bebê em tentativas de parto normal

Adriana, de 23 anos, contava em sair do hospital com a sua primeira filha no colo, mas a bebê nasceu morta

Redação Jornal de Brasília

22/06/2022 7h33

Foto: Arquivo Pessoal

Em Santos, litoral de São Paulo, Adriana Suely da Paulo Navarrete, de 23 anos, contava em sair do Hospital dos Estivadores com a sua primeira filha no colo, mas a bebê nasceu morta pouco tempo depois dos exames constatarem que a menina estava bem de saúde. Ela acusa o hospital de negligência médica.

Adriana estava grávida de nove meses e apresentava picos de pressão alta o que, segundo ela, fez com que recebesse uma carta com o encaminhamento para internação e para dar à luz no dia 14 de junho. O único desejo dela era realizar cesárea, mas no Hospital dos Estivadores foi orientada a ter o parto normal.

Moradora de Guarujá, também no litoral paulista, ela contou ter escolhido ter a filha em Santos porque conhecia mulheres que deram à luz no Hospital dos Estivadores e queria se sentir segura. Adriana acrescenta que depositou muita confiança nos profissionais que a deixaram muito tranquila.

Adriana, inclusive, revela ter ouvido a frases de incentivo durante a tentativa do parto normal: ‘Mãe, olha, está tudo perfeito, seu bebê está perfeito. Você está perfeita, está tudo bem. Pode demorar mesmo, primeiro filho é assim. O trabalho de parto demora, a indução demora, a indução é assim mesmo’.

Ela contou ter passado três dias no hospital e tomado cinco comprimidos para induzir o parto, mas no dia do nascimento, na última quinta-feira, 16, começou a sentir dores ainda na madrugada e, por volta das 11h, foi realizada a cesárea, momento em que constataram a morte da bebê.

Adriana comenta que começou a sentir uma dor insuportável, e as enfermeiras continuavam acalmando ela, e solicitaram que a mesma tomasse um banho quente que melhoraria. Ela relata que ficou no chuveiro por quase uma hora, sem nenhuma supervisão médica, apenas com sua mãe.

Adriana lembra de ter escutado os batimentos cardíacos do bebê 20 minutos antes de começar a cirurgia. “Sabe quando você percebe em volta que ninguém entendia o que estava acontecendo? Os médicos ficaram fora de órbita também. Eu fui dopada, porque eu escutava as pessoas falarem, eu escutava as coisas acontecendo em minha volta, mas não conseguia nem ter reação”, relembra.

Ela relatou que escutou “1, 2, 3 respira” durante aproximadamente 40 minutos, mas a bebê não respirou e nem chorou. “Eu não vou nem ter a certidão de nascimento da minha filha”, lamenta.

A família realizou um boletim de ocorrência e exige explicações. O caso foi registrado no 4º Distrito Policial de Santos, onde o caso está sendo investigado.

Resposta do Hospital dos Estivadores

“O Complexo Hospitalar dos Estivadores, por meio da sua equipe técnica multiprofissional, informou que a paciente e seus familiares receberam assistência integral, suporte e acolhimento diante do caso em questão, e foram fornecidas todas as informações disponíveis até o momento. O apoio aos familiares continuará sendo fornecido pela instituição, até que a análise técnica do evento seja concluída”.

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