Madrasta que cumpria regime fechado é encontrada morta na cela feminina de Campo Grande na noite dessa quarta-feira (5). Jéssica Leite Ribeiro, de 27 anos, foi presa desde de 2018, após pisotear e matar o enteado de 1 ano.
O motivo da morte ainda está sendo investigada, o caso foi registrado como morte a esclarecer na Delegacia de Polícia de Corumbá. Próximo de Jéssica foi encontrado uma carta que será analisada por peritos.
Jéssica, quando 21 anos, foi presa em 2018, suspeita de matar o filho do marido. Durante o depoimento ela confessou maus-tratos ao menino, na época ela disse estar nervosa por conta do choro da criança e, ao tentar fazer massagem, a criança teria caído e ela pisado, sem querer.
Após as investigações, o tribunal do júri indiciou o pai da criança respondeu por maus-tratos e deixou a prisão em 2020. Já a madrasta foi indiciada pelos crimes de maus-tratos e homicídio qualificado por motivo fútil, que dificultou a defesa da vítima.
Ainda em depoimento, ela falou que teve um “acesso de raiva por conta de constantes choros da criança, além de problemas pessoais”. Momento que ela usou mãos e joelhos para “apertar com força o abdômen do menino, tendo também pisado nas costelas”.
Perícia
Segundo a perícia no corpo da criança, agressões na cabeça, pescoço e pancadas nas costas, causaram dilaceração no fígado e a morte do bebê.
O médico perito também ressaltou que existem lesões mais antigas, sem precisar o período. “A principal lesão, que causou a morte, foram pancadas nas costas, que quebraram costelas e o menino acabou tendo dilaceração no fígado”, afirmou o delegado na época.
Defesa
No julgamento, que aconteceu em 2020, a defesa alegou que tudo não passou de um acidente, o bebê teria caído de um balcão e teve fraturas graves no corpo que levaram a morte dele. Porém, durante os depoimentos, a madrasta confessou os maus-tratos contra a criança e disse que tomou a atitude por estar muito nervosa.