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Justiça condena radialista por assédio sexual contra profissionais de comunicação 

De acordo com as denúncias, ele fazia propostas sexuais durante supostos processos de seleção em empresas de comunicação 

Redação Jornal de Brasília

19/12/2019 11h06

A Justiça condenou o radialista Samir Ewerton a um ano e oito meses de prisão por assédio sexual mediante fraude, mas a pena foi convertida para serviços comunitários. Em 2018, ele era radialista na Rádio Universidade FM e foi acusado por várias profissionais de comunicação, inclusive estagiárias, de oferecer oportunidades de emprego enquanto pedia por sexo. 

Após as denúncias, ele foi demitido e chegou a fazer um boletim de ocorrência informando que teria perdido o celular e que as mensagens não foram escritas por ele. 

As denúncias vieram à tona após uma transexual colocar em seu blog que o radialista estava aplicando ‘teste do sofá’ para recrutamento de jornalistas. Com a repercussão da postagem, várias outras mulheres da área de comunicação surgiram alegando casos de assédio sexual por parte de Samir. 

O processo segue em segredo de Justiça e teve sentença no dia 29 de agosto. Ao todo, sete vítimas estão no processo, mas o número de mulher assediadas teria passado de 40, de acordo com o MP de São Luís-MA. 

 De acordo com a denúncia, Samir dizia promover processo de seleção de profissionais de comunicação, em nome da TV Metropolitana, e chegou a publicar anúncios de empregos e estágios nas redes sociais. No entanto, o próprio Samir não tinha autorização para realizar a seleção, mas fazia contato com profissionais com interesse nas vagas em troca de favores sexuais.

Uma das vítimas afirmou que tudo começou com o anúncio de uma vaga de emprego que tinha o contato de Samir. Após receber um currículo, Samir disse que tinha fantasias, perguntava se a vítima tinha namorado, e terminou falando: “entenda uma coisa, a vaga pode ser sua, desde que você transe comigo”.

Em interrogatório, Samir confessou que enviou as mensagens para cada vítima e que teria mentido na delegacia porque estava assustado com a repercussão do caso. Ele diz ainda que muita coisa teria sido aumentada e que ‘apenas fazia elogios as estagiárias da rádio, como em qualquer outro local’, que tem convicção que elas só denunciaram para fortalecer sua demissão por justa causa.

Samir também declarou que fez propostas sexuais em troca da vaga de emprego, ‘que as mensagens lhe completavam, lhe dava um certo prazer’, mas não tinha a intenção daquilo ultrapassar o meio do celular.

Ao todo, Samir foi condenado a pena de um ano e oito meses de reclusão, em regime aberto, e multa de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época do fato. Porém, a pena foi substituída por prestação de serviço à comunidade.

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