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Idosa de 109 anos aguarda quase 24h por leito

A idosa precisou procurar atendimento na unidade após sofrer uma queda e fraturar o fêmur

Redação Jornal de Brasília

13/01/2023 8h15

Foto: Reprodução

Uma idosa de 109 anos precisou aguardar quase 24h nos corredores do Hospital Walfredo Gurgel, em Natal, antes de conseguir um leito para internação. Devidamente alojada na unidade médica, ela precisará passar por um procedimento cirúrgico que ainda não tem data para ocorrer.

A idosa precisou procurar atendimento na unidade após sofrer uma queda e fraturar o fêmur. Ela foi uma das 80 pacientes que aguardavam no corredor por um leito na unidade superlotada.

“Ela deu entrada no dia 10 com fratura no fêmur. Ela ficou perto ao elevador, perto a um depósito de lixo. Hoje ela conseguiu leito, mas está na espera da cirurgia. Ninguém confirma data, ninguém fala nada. É bem preocupante”, afirmou a neta da idosa, que a acompanha na unidade médica.
Ela é apenas uma das pacientes que sofrem com as atuais condições na principal unidade pública de saúde do estado. A situação foi acentuada com a greve dos anestesistas desde meados de dezembro. Os profissionais reclamam da falta de pagamento do Governo do Estado e Prefeitura de Natal.

“Esse período vivemos a excepcionalidade da greve. Mas a superlotação dentro dos hospitais é frequente, mas a situação foi acentuada. Pacientes estão há mais de 15 dias, esperando cirurgias. São idosos amontoados em macas, é uma situação muito preocupante”, afirma Rosália Fernandes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (Sindsaúde/RN).

Foi possível observar um acompanhante sentado em uma cadeira de praia.

No local, um profissional do SAMU não conseguiu transitar no corredor, tomado por macas nos dois lados. Um cadeirante também teve dificuldades de locomoção. Acompanhantes reclamaram da falta de itens básicos como lençol e comida.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap), a idosa está “listada como prioridade” para que o procedimento seja realizado. A pasta afirmou que a fila não está andando da forma adequada devido à greve dos anestesistas.

A Secretaria afirmou que realizou um acordo junto à cooperativa dos anestesistas para a retomada dos serviços e afirmou que o município de Natal, que operacionaliza o serviço, não compareceu à reunião.

Por sua vez, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS/Natal), afirmou que não foi convidado para a reunião e que se reunirá na sexta-feira com a categoria. O município afirma já ter feito um repasse de R$ 1,9 milhão após a paralisação da categoria.

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