O rompimento da mala que continha o corpo da médica Thallita da Cruz Fernandes, de 28 anos, teria impedido o agressor de sair do apartamento onde o crime ocorreu e ocultar os restos mortais, de acordo com a avaliação do delegado Alceu Lima de Oliveira, encarregado das investigações. O principal suspeito, o namorado da vítima, Davi Izaque Martins Silva, de 26 anos, foi detido no último sábado.
O namorado, compartilhava um relacionamento de cerca de um ano e meio com a vítima e teria rejeitado o término do relacionamento, bem como a mudança de padrão de vida resultante dessa decisão.
Preocupação entre familiares e amigos surgiu quando Thallita cessou de responder às mensagens, ainda na noite de quinta-feira. A ansiedade aumentou quando mensagens começaram a surgir a partir do celular da médica durante a madrugada. No entanto, essas mensagens eram claramente discordantes do estilo de comunicação habitual da vítima, caracterizadas por expressões vulgares e gírias que ela não costumava usar.
A Polícia Civil reuniu registros das câmeras de segurança do prédio, que capturaram o momento em que o suspeito deixou o condomínio após o ocorrido, exibindo uma postura impassível. Imediatamente em seguida, ele solicitou um veículo por meio de um aplicativo de transporte e desapareceu desde então.
A violência empregada no crime foi considerável, pois quatro peritos foram necessários para examinar a cena do crime, uma medida atípica, já que normalmente apenas dois são designados. O agressor não levou nada mais que uma mochila, e o telefone celular de Thallita foi encontrado dentro do apartamento algumas horas depois, com assistência de funcionários do condomínio. Na área do crime, a polícia confiscou dois objetos perfurantes suspeitos de terem sido utilizados como armas do delito.