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Ginecologista é acusada de racismo contra uma paciente de 19 anos

“Mulheres pretas têm mais probabilidade de ter o cheiro mais forte nas partes íntimas”

Redação Jornal de Brasília

12/06/2023 6h52

Foto: Reprodução

A ginecologista Helena Malzac foi acusada de racismo e se tornou ré perante a Justiça devido a comentários racistas dirigidos a uma paciente negra, incluindo a afirmação de que “mulheres pretas têm mais probabilidade de ter o cheiro mais forte nas partes íntimas”.

O incidente ocorreu quando Luana Génot, madrinha da vítima, acompanhou sua afilhada de 19 anos a uma consulta com Helena no ano passado, com o objetivo de colocar um DIU. A madrinha conhece a médica há 10 anos.

Durante a consulta, a ginecologista disse: “Muito forte, aqui, ó. Quando você sua, o cheiro piora. É a mesma coisa do sovaco. É o mesmo cheiro, é um cheiro forte, mas é por causa da cor e do pelo. Você vai ser a vida inteira assim, então, você tem que se preocupar com isso, tá?”.

Luana Génot questionou se a médica estava afirmando que esse odor ocorria apenas em pessoas negras, e a profissional de saúde respondeu: “É, é muito comum. Não é 90%, mas a gente coloca uns 70%”. Além disso, a ginecologista acrescentou que essa questão também estaria relacionada à melanina, pigmento responsável pela cor da pele, pelos e olhos, que é mais abundante na pele negra.

Tanto a madrinha quanto a sobrinha registraram um boletim de ocorrência. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou a ginecologista por racismo, referindo-se tanto à jovem em questão quanto ao grupo de mulheres negras como um todo.

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