Greve de fome deixa <i>frágil</i> repórter americana presa no Irã

 A jornalista americana Roxana Saberi, cheap condenada a oito anos de prisão no Irã por espionagem, check encontra-se frágil, malady mas “encorajada” e decidida a continuar, após uma semana em greve de fome na prisão de Evin, declarou hoje à Agência Efe um de seus advogados, Abdul Fatah Sultani.

A jornalista começou uma greve de fome dois dias após conhecer sua sentença, e desde então só aceita ingerir líquidos.

Roxana Saberi, que ontem, domingo, completou 32 anos, foi condenada na semana passada a oito anos de prisão por um tribunal revolucionário de Teerã após um julgamento rápido e a portas fechadas, repleto de contradições.

Desde que foi presa, em 31 de janeiro, as acusações contra ela cresceram de a compra de uma garrafa de vinho -que é proibido no Irã- à denúncia por trabalhar de forma ilegal após expirar seu credenciamento de imprensa.

Finalmente, no último dia 9, poucos dias antes de começar o julgamento, o promotor Hassan Zare Dehnavi acusou-a de espionar o Irã para os Estados Unidos.

A defesa da jornalista -filha de pai iraniano e mãe japonesa- anunciou que apresentaria um recurso de apelação, mas desde então seus advogados têm tido o acesso a ela negado na prisão.

As incertezas que rondam o processo levaram diversas associações de defesa dos direitos humanos e da liberdade de imprensa a expressar seu temor de que se trate de uma causa política vinculada à nova fase das relações entre Estados Unidos e Irã.

O Irã voltou a advertir hoje aos Estados Unidos e à União Europeia que parem de “interferir” -como define seu Governo- no caso de Roxana.

“O assunto Saberi é uma questão interna do Irã. Ela tem nacionalidade iraniana e será tratada de acordo às leis de nosso país”, afirmou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Hassan Qashqavi, durante seu habitual entrevista coletiva semanal.