Os pentacampeões ainda não estrearam no Copa da Alemanha, mas alguns personagens tupiniquins já começaram a fazer história no Mundial 2006, uns de forma positiva, outros nem tanto. O primeiro deles foi Zinha, que deixou o banco de reservas do México para marcar o terceiro gol de sua seleção diante do Irã, o primeiro gol “brasileiro” na Copa.
Nesta segunda-feira, foi a vez do trio de arbitragem nacional fazer sua estréia na competição. Carlos Augênio Simon, Aristeu Tavares Leonardo e Ednílson Corona comandaram a partida entre Itália e Gana e não agradaram, pois mostraram um desempenho repleto de falhas, tanto técnicas quanto disciplinares.
Contestado por suas últimas arbitragens no Campeonato Brasileiro, o gaúcho Carlos Eugênio Simon vinha realizando um trabalho convincente até a metade do segundo tempo, quando deixou de marcar um pênalti do italiano De Rossi em cima de Asamoah. Poucos minutos depois, em nova jogada com os dois protagonistas, Simon ignorou outra penalidade máxima a favor dos ganenses, para desespero da equipe africana.
Na parte disciplinar, Simon também deixou a desejar. Apesar de ter aplicado cinco cartões amarelos, três para a Itália e dois para Gana, o gaúcho preferiu colocar “panos quentes” e não expulsar pelo menos um atleta de cada time, que abusaram das jogadas violentas, exemplos de De Rossi e Samuel Kuffour.
Já seus auxiliares, apesar de não terem sido muito exigidos, acabaram deixando a desejar em lances capitais. Aos 31 minutos da etapa final, por exemplo, Aristeu Tavares Leonardo marcou impedimento inexistente de Iaquinta e, na seqüência do lance, Simon contemporizou a dura entrada do zagueiro Kuffour, não mostrando sequer um amarelo ao africano.
A arbitragem confusa só terminou no apito final do brasileiro, que, mesmo inconscientemente, acabou colaborando para a primeira vitória italiana no Mundial.