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Liberdade religiosa está ameaçada em um a cada três países em 2023, afirma relatório

Nos últimos dois anos, registrou “perseguições” (assassinatos, deportações, exílios, conversões, casamentos forçados e expropriações) em 28 países

Redação Jornal de Brasília

22/06/2023 10h57

A liberdade de culto está “ameaçada em quase um em cada três países do mundo”, afirma a organização católica Ajuda à Igreja que Sofre (AED) em um relatório publicado nesta quinta-feira (22), que indica uma “forte degradação”, nos últimos dois anos, na maioria dos Estados.

“Temos 61 países, nos quais os cidadãos enfrentam graves violações da liberdade religiosa”, escreve a AED, cujo relatório anterior havia registrado 62.

Desde o último informe, a situação interna piorou em 47 países e melhorou em apenas nove, observa.

Uma fundação internacional de direito pontifício, a AED examina, a cada dois anos, a situação de todas as confissões religiosas em 196 países.

A 16ª edição de seu relatório abrange o período que vai de maio de 2021 a dezembro de 2022. Este trabalho envolveu cerca de 30 acadêmicos, missionários, ativistas dos direitos humanos e jornalistas.

Nos últimos dois anos, registrou “perseguições” (assassinatos, deportações, exílios, conversões, casamentos forçados e expropriações) em 28 países (51,6% da população mundial), contra 26 em 2021.

“Desses 28 países, 13 estão na África, onde, em muitas regiões, a situação se deteriorou consideravelmente”, destaca.

China e Índia também estão entre “os piores violadores da liberdade religiosa”, ressalta.

Além disso, ocorreram “discriminações” (negação ou restrições de acesso a emprego, ajuda de emergência, Justiça, ou propriedades imobiliárias) em outros 33 países (36 em 2021), de acordo com a AED.

A liberdade religiosa é atacada tanto por “governos autoritários” quanto pelo “extremismo islâmico”, ou pelo “nacionalismo étnico-religioso”, destaca a organização.

A ONG relata ainda uma “crescente perseguição aos muçulmanos, inclusive por parte de outros muçulmanos”, em particular “entre sunitas e xiitas”, destacando, em particular, a situação da comunidade hazara no Afeganistão.

© Agence France-Presse

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