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Raul Gazolla diz que Porchat sofre rejeição da direita e que cena de filme com Gentili foi tirada de contexto

Gazolla faz questão de dizer que Porchat “é um grande ator” e uma “pessoa boa”. “Talvez alguns, por não gostarem da posição [política] dele, estejam confundindo o ator com a cena que ele fez”, opina

FolhaPress

18/03/2022 17h22

Foto|Reprodução

Por Mônica Bergamo

Ator que faz uma participação em “Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola” (2017), Raul Gazolla diz que recebeu diversas mensagens de amigos em grupos de WhatsApp reclamando que o filme promove a pedofilia. Ele não concorda e salienta que trata-se de uma obra de ficção.

O longa, que tem Danilo Gentili e Fábio Porchat como nomes principais do elenco, é alvo de uma polêmica por causa de uma cena publicada no domingo (13) pelo deputado estadual pelo Ceará André Fernandes.

No trecho divulgado, o personagem de Porchat instiga dois garotos menores de idade a pararem de discutir e pede que o masturbem. As crianças reagem com surpresa, negando o pedido. O secretário especial da Cultura, Mario Frias, também compartilhou a cena em suas redes sociais e disse que era uma “afronta às famílias e às crianças”.

“Do meu ponto de vista, a cena [alvo da polêmica] não é uma incitação à pedofilia, mas um alerta aos jovens de que, se eles não estiverem atentos, podem cruzar com um pedófilo e acabar em uma situação sem saída”, diz Gazolla.

Para ele, é uma “bobagem” a tentativa do governo federal de tentar censurar o filme. “Sou totalmente contra.” Questionado se votou em Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2018, Gazolla responde que isso não vem ao caso. “Posso garantir uma coisa para você, não sou petista, sou contra a corrupção”, diz.

Em seguida, afirma preferir se pronunciar apenas como artista e diz preferir “não entrar na política”. Mas se contradiz na sequência ao afirmar “saber que Gentili é de direita” e que as pessoas não estão revoltadas com ele, mas com Porchat, que sofre “uma rejeição do pessoal da direita”.

Gazolla faz questão de dizer que Porchat “é um grande ator” e uma “pessoa boa”. “Talvez alguns, por não gostarem da posição [política] dele, estejam confundindo o ator com a cena que ele fez”, opina.

Para ele, o problema foi publicarem um trecho do filme fora de contexto. Gazolla diz ter explicado isso aos amigos no WhatsApp. “O que está havendo é uma politização em cima dessa cena para se aproveitarem de alguma coisa. E aí muda tudo, não tem nada a ver com o filme”, complementa. Gazolla, porém, diz que não vai criticar Frias nem o deputado que publicou primeiro o trecho do filme.

“Eu gosto do Mario. Não acompanho o que ele faz na Cultura, mas não estou aqui para criticar. É muito difícil você julgar alguém que está lá dentro [do governo]”, diz. Gazolla acrescenta que não tem capacidade para julgar o governo de Bolsonaro nem o de presidentes anteriores.

O ator só se mostra convicto ao dizer que a vida real é muito pior do que a ficção e que é a favor da pena de morte para alguns crimes. “Do meu ponto de vista, pedófilos, assassinos premeditados têm que morrer mesmo, não tenho mais vergonha de dizer isso. Eu tive uma mulher assassinada [a atriz Daniella Perez, em dezembro de 1992]. Na época, as pessoas me perguntavam: ‘Você é favor da pena de morte?’. E eu politicamente [correto] dizia não. Mas sou a favor, sim”, diz.

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