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Podcast: no Dia do Rádio, ouça a jornalista que levou mulheres da Amazônia ao mundo

A jornalista Mara Régia com 40 anos de comunicação traz mulheres da Amazônia, pelos programas “Viva Maria” e “Natureza Viva”

Redação Jornal de Brasília

25/09/2021 8h00

Atualizada 24/09/2021 18h36

Foto: Agência Brasil

Maria Paula Meira e Gabriel Romeiro
(Jornal de Brasília / Agência de Notícias UniCEUB)

O dia 25 de setembro de 1884 é o do nascimento de Edgar Roquette Pinto, o visionário que criou a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro em 1923 e que cedeu ao Ministério da Educação em 1936. O feito foi tão importante que o 25 de setembro em que ele nasceu virou o dia do rádio. Depois de 98 anos, o rádio ainda é instrumento de informação e integração no Brasil, adaptado e transformado. Na Amazônia, por exemplo, há regiões em que o veículo é a principal forma de se conectar com o mundo. Sabe bem disso a jornalista Mara Régia, 70 anos de idade, e 40 anos de comunicação, principalmente com as mulheres da Amazônia, pelos programas “Viva Maria” e “Natureza Viva”, ambos na Rádio Nacional.

Em entrevista por telefone, a jornalista avalia as mudanças de cenários do rádio no Brasil e trata sobre a incrível carreira com mais de 30 prêmios de jornalismo. Sim. A profissional é uma das mais premiadas do Brasil. Mas o que ela entende ser o mais reconhecimento é a confiança de tantas Marias brasileiras que marcam a história do programa e de Mara Régia. “O rádio é o ar que eu respiro”, disse.

Confira a conversa na íntegra como podcast

Agência UniCEUB – O que o rádio representa para você?

Mara Régia – O rádio é o ar que eu respiro simplesmente. Só de Viva Maria já são 40 anos pilotando o microfone, é realmente um veículo apaixonante é através do rádio que eu conquistei uma das mais importantes realizações da minha vida, que foi conquistar várias pessoas que habitam esse mundaréu de água chamado Amazônia.

Agência UniCEUB – Você acha que a televisão substituiu o rádio nos dias de hoje?

Mara Régia – Ao contrário da televisão que tem um olho devastador e uma luz que inibe as pessoas, o rádio trabalha o sentido mais profundo que toca o coração das pessoas.

Agência UniCEUB – O que o dia do rádio representa para você?

Mara Régia – A data de 25 de setembro é muito importante, pois  contempla muito do sentimento de nós enquanto funcionários da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Visitamos a rádio MEC no Rio de Janeiro, a primeira emissora do Brasil e lá se encontra o busto de Roquette Pinto: o homem que nasceu em 25 de setembro de 1884. Com seu espírito inovador projetou o rádio para as pessoas que não tinham acesso à leitura.

Agência UniCEUB – É verdade que o rádio muitas vezes, é o único veículo de comunicação para algumas populações?

Mara Régia – Com certeza, uma das rádios que exemplifica isso é a Rádio Nacional da Amazônia. Convido aos ouvintes a sintonizarem alguns documentários e programas especiais, realizados antes da pandemia. 

Agência UniCEUB – Na sua opinião, qual a projeção do rádio para os próximos anos?

Mara Régia – Acredito que as ondas do rádio estarão sempre no coração das pessoas, fazendo com que elas dancem, cantem e celebrem a educação e a cidadania.

Agência UniCEUB  – Como é para você fazer uso da sua voz para dar voz a tantas mulheres?

Mara Régia- Tudo isso passa pela credibilidade, precisamos de tempo para selar um convívio, uma amizade e hoje, eu só posso ser porta voz dessas Marias de maneira que elas me autorizem. Em minha opinião, hoje as mulheres já são donas da própria voz e espero muito que isso continue pois quem tem voz e vez.

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