Menu
Entretenimento

PIX paquera: especialista alerta sobre riscos da prática

Leonardo Sant’Anna, especialista em segurança pública orienta usar forma de pagamento apenas para transações financeiras; Pix paquera pode acarretar em fraudes e até assédio

Redação Jornal de Brasília

21/02/2021 18h56

Pix paquera

Tinder, Badoo e Grindr. Esses aplicativos são conhecidos por quem gosta de encontrar pessoas novas na internet. Mas, depois do lançamento do Pix, em novembro do ano passado, o mundo dos solteiros ganhou uma nova opção: o PIX paquera.

A abordagem funciona da seguinte forma: com a chave do Pix em mãos, o conquistador ou a conquistadora faz uma transferência bancária. Na descrição do pagamento, usa o máximo de criatividade que tiver, e manda a cantada em até 140 caracteres.

Os internautas até criaram uma tabela com o significado de cada valor enviado.

Quem envia R$1 quer dizer “te acho lindo”; mandar R$4 é o mesmo que declarar “tenho interesse”; a transferência de R$10 significa “queria um encontro”; e a remessa de R$19 equivale a um pedido de número de telefone.

Mesmo sendo uma forma inovadora de se relacionar é importante ter cuidado, já que a maioria das chaves do Pix corresponde a dados pessoais, como CPF, número de telefone ou e-mail, explica Leonardo Sant’Anna, especialista em segurança pública

“O que surge como uma modernidade de criação brasileira ou até uma cantada mais descolada, não é uma chave de relacionamento, mas uma chave de abertura para contas bancárias, financiamentos no nome das pessoas e até para tirar documentos falsos como se aquela pessoa fosse você. É uma forma bem ingênua nesse momento de entrar em um problema que às vezes não tem saída”, disse o especialista.

Sant’anna também alerta sobre a divulgação do número de celular também traz dores de cabeças. Diversas pessoas poderão mandar mensagens via WhatsApp e o contato pode ser divulgado em sites indesejados, tornando-se vítima de trotes e assédios.

“Além disso, a exposição do número de celular pode facilitar golpes via SMS e dados bancários e outras informações podem ser roubadas. Por isso, a principal sugestão para estes casos é usar uma chave aleatória, que mesmo se divulgada, não comprometerá nenhum de seus dados pessoais”, explica.

Pix não é rede social, alerta banco central

Em nota, o banco central ressaltou a revolução que o PIX trouxe para o mercado e afirmou que o único objetivo da ferramenta é dar mais agilidade às transações financeiras.

A entidade alertou ainda que o Pix “é um meio de pagamento, não uma rede social”. Vale lembrar que não há como bloquear usuários específicos na plataforma, mas é possível remover a chave ou retirar as notificações do aplicativo do banco caso não queira mais ser incomodado.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado