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Música

Universal Music faz relançamento do LP ‘Claridade’, de Clara Nunes

Chegou ontem (17) à plataforma UMusic Store o LP “Claridade”, álbum de 1975 que rendeu à cantora Clara Nunes sua consagração popular. Neste relançamento, o disco ganha uma versão em vinil branco translúcido.

Redação Jornal de Brasília

18/04/2023 15h30

Foto: Divulgação

Graças ao seu enorme talento e à guinada estética-musical idealizada pelo radialista e produtor musical Adelzon Alves, a cantora mineira viu sua carreira progressivamente deslanchar no início da década de 1970, quando trocou boleros e um romantismo exacerbado pela cadência bonita do samba.

Embalado pelos versos de “O mar serenou” (Candeia), o álbum vendeu 600 mil cópias, algo inimaginável para um disco de samba, para uma cantora e, sobretudo, para um disco de samba de uma cantora. O sincretismo religioso, traço que foi se tornando cada vez mais marcante na carreira e na vida de Clara, rendeu outro estrondoso sucesso, “A deusa dos orixás”, de Toninho Nascimento e Romildo Bastos, autores do hit anterior, “Conto de areia”.

O futuro clássico da música popular brasileira, “Juízo final” (Nelson Cavaquinho/ Élcio Soares), ganhou sua mais bela versão. Graciosa, Clara ilumina “Ninguém tem que achar ruim”, samba amaxixado do pioneiro Ismael Silva, e ousa dando voz à malandragem carioca de “Bafo de boca” (Paulo César Pinheiro / João Nogueira).

Da Portela, escola que soube recebê-la tão bem, vem “Sofrimento de quem ama” (Alberto Lonato) e “Vai amor” (Monarco Walter/ Rosa), além do tristíssimo “O último bloco”, outro samba de Candeia. As igualmente belas “Valsa do realejo” (Paulo César Pinheiro/ Guinga) e “Que sejas bem feliz” (Cartola) também merecem destaque.

A expressiva e inédita vendagem de “Claridade” foi um marco na história da música popular brasileira, contribuindo para o reconhecimento das cantoras de samba.

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