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Música

Uma celebração a boa música

Alceu Valença e Zeca Baleiro fazem show e prometem animar o fim de semana em Brasília

Redação Jornal de Brasília

26/08/2022 5h00

Atualizada 25/08/2022 19h15

Foto: Divulgação

Amanda Karolyne
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Com repertórios que conquistaram todo o Brasil, Alceu Valença e Zeca Baleiro estarão no mesmo palco, com o show “Celebração”, no dia 27 de agosto, no Mané Garrincha. Os dois mestres da música farão suas performances separadas na capital. Alceu vem com o show “Anunciação – Tu vens eu já escuto os teus sinais”. Já Zeca, com o espetáculo “Zeca Baleiro em Concerto”.

O dono de hinos como Tropicana e La Belle de Jour, tem também em sua discografia músicas inspiradas no quadradinho, como Te Amo Brasília e uma versão de Plano Piloto. Em entrevista ao Jornal de Brasília, Alceu conta que o show que apresentará em Brasília, passou também pela Europa. “O povo às vezes reclama da secura de Brasília, falam do clima, mas eu gosto, porque onde eu nasci é do mesmo jeito”, revela ele.

Ao lado de Alceu, como parte da banda, sobem ao palco Leo Lira (guitarra), Tovinho (teclados), André Julião (sanfona), Nando Barreto (baixo) e Cassio Cunha (bateria). “Não é um show de dupla. Adoro o Zeca, podíamos ter feito uma música juntos, mas não deu tempo.”

Novos trabalhos

Entre as novidades em sua carreira, está Valencianas II, que chega às plataformas digitais hoje. “Minha parceria com a Orquestra de Ouro Preto é maravilhosa, incrível. A gente gravou o projeto em janeiro de 2019, mas, com a pandemia, vai sair apenas agora”, conta.

Esta semana, Alceu também pode celebrar o recorde de mais de 226 milhões de visualizações em Anunciação, no YouTube. Além disso, seu repertório está chegando a quase um bilhão de acessos, somando sucessos, como Dois Animais e Coração Bobo. “Por meio da internet, minha música está tocando em tudo que é canto. Claro que não na mesma intensidade que do Brasil, mas está alcançando importantes e novos espaços”, lembra.

O cantor salienta também que, com o surgimento da internet, o acesso aos artistas brasileiros ficou muito mais fácil. “Antigamente existia o domínio das gravadoras anglófonas – britânicas e americanas, que dominavam tudo. Então, os brasileiros ouviam o tempo todo só música em inglês”, diz. “E ainda te falo, há um tempo atrás, fui homenageado em um festival de forró chamado Luz do Baião, em Lisboa. Agora, eu sei que tem festival de forró na Inglaterra, em Portugal, na Espanha, na França, na Rússia e, também, na Alemanha”, anuncia.

Turnê pela Europa

Ele acabou de voltar de 12 shows em oito cidades européias e viu o público cantar junto suas músicas. “Tudo isso que o povo de Brasilia vai cantar, muitos gringos só cantam ‘morena tropicana eu quero teu sabor uo uo uo uo’, isso porque, eles não sabem o português”, cantarola Alceu, durante a entrevista.

O artista, que já realizou diversas turnês fora do Brasil, observou, nesta última, uma diferença enorme a respeito do público. “Mas olha, é uma loucura o que os gringos também estão ouvindo de música brasileira”, revela ele.

Alceu contou, ainda, que um amigo músico francês, que mora em Montpellier, estava passando por um restaurante quando percebeu que tocavam a versão de Alceu de Xote das Meninas. “Então, isso abriu e muito em tudo que é canto e sobretudo, no Brasil, para o Brasil. Você vai ver quando eu canto Pagode Russo, todo mundo canta, se eu canto das Xote das Meninas, todo mundo canta. O público que está indo nos nossos shows atualmente, é uma média de 25 anos. Todos cantam as minhas músicas e as de Luiz Gonzaga”, afirma.

Samba do Approach

Com uma carreira musical de sucesso, Zeca Baleiro faz um passeio pela própria discografia, incluindo canções marcantes dos seus mais de 20 anos de sucesso, como “Telegrama”. O repertório faz parte do show “Zeca Baleiro em Concerto”. O público pode esperar surpresas do renomado cantor e compositor maranhense, que também costuma apresentar releituras de músicas de outros artistas.

No repertório, Zeca Baleiro apresenta “Quase Nada”, “Flor da Pele” e “Babylon” vão embalar sua performance na capital, logo após a apresentação de Alceu Valença. O público vai poder presenciar o show do cantor e compositor, que também faz versões de músicas de outros artistas, como “Proibida Pra Mim”.

Além disso, Baleiro chega à capital com as novas “Te Amei Ali”, “Sete Vidas” e “Amor no Caos”. Desde sua estreia, em 1997, com Por Onde Andará Stephen Fry?, Zeca tem em sua discografia mais 12 álbuns.

No show, ele estará acompanhado de Tuco Marcondes (guitarra e vocal) e Rogério Delayon (guitarra e vocal), amigos com quem também divide os estúdios.

Volta das apresentações

Para ele, a volta aos palcos, depois de tanto tempo sem performar devido ao vírus da Covid-19, é um momento de muita alegria. “Mas não podemos esquecer que também e um momento de vigilância, pois, ainda há resquícios do vírus”, lembra ele. “De todo modo, celebro com muito prazer essa volta aos palcos”, conta.

Ele está ávido pelo contato com a plateia e público. Os moradores de Brasília que estarão na plateia podem esperar um show caloroso e intenso. “Eu adoro a energia do público de Brasília. É espontânea e muito quente”, elogia ele. “Sempre que tenho a oportunidade de fazer show na capital, fico muito contente”.

Novas parcerias

Com a quarentena, Zeca compôs bastante e se reaproximou de alguns parceiros queridos, como Chico César, Fausto Nilo, Zélia Duncan, Nosly e Wado.

“Isso permitiu que eu conquistasse outros novos, como Vicente Barreto, Lucina, Marco Polo, Juliano Holanda, Flávio Venturini e Vinícius Cantuária, com quem acabo de lançar o álbum ‘Naus’”, ressalta. “Além de um disco de sambas autorais, para breve”, finaliza.

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