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Heartstopper: série inspirada em quadrinhos ataca homofobia

A representatividade não aparece apenas na ficção, a escolha do elenco também demonstra essa preocupação dos criadores da série, com atores de diversas etnias e sexualidades

Redação Jornal de Brasília

25/04/2022 15h32

Foto|Divulgação

Por Maria Clara Britto e Tayná Mendonça
Agência de Notícias do CEUB/ Jornal de Brasília

Lançada sexta-feira, 22 de abril, na plataforma de streaming, Netflix, Heartstopper trata sobre a história de amor de dois adolescentes, Nick e Charlie, inspirada nos quadrinhos de Alice Oseman, autora bestseller do New York Times e roteirista da série.

Contando com oito episódios e direção de Euros Lyn. A série trata de diversos temas de suma importância no mundo de hoje, como representatividade, homofobia, transfobia e bullying.

Enredo

Heartstopper conta a história de Charlie Spring (Joe Locke) após encontrar Nick Nelson (Kit Connor) e se apaixonar. Charlie lida com muitas inseguranças, após se assumir gay e sofrer bullying.

Por isso, ao encontrar Nick, que o trata com carinho e atenção, ele entra em conflito consigo mesmo, pois acredita estar desenvolvendo sentimentos por um garoto heterossexual.

A série também conta o lado de Nick, que via em Charlie um grande amigo, até que sentimentos desconhecidos pelo mesmo começam a aflorar.

Um lado novo e desconhecido pelos fãs dos quadrinhos também veio à tona na nova série, o desenvolvimento dos personagens secundários, Tao (William Go), Elle (Yasmin Finney), Tara (Corinna Brown) e Darcy (Kizzy Edgell). Durante a trama pode-se descobrir diversos aspectos de suas vidas e personalidades.

Episódios 
  1. Encontro 
  2. Crush
  3. Beijo 
  4. Segredo 
  5. Amigo
  6. Garotas 
  7. Valentão 
  8. Namorado 
(Imagem: Divulgação, Heartstopper, 2022)

LGBTQ+

Um ponto muito tratado na série é a aceitação da sua sexualidade, assunto de suma importância na atualidade. Vê-se vários personagens passando por esse processo de aceitação e como é diferente para cada um deles. Como resultado, a série causa no telespectador uma identificação com os personagens e suas jornadas. Além disso, visto que os personagens são adolescentes, o desenvolvimento é feito de forma desengonçada e divertida.

Outro fator é a rede de apoio, extremamente necessária para o adolescente em fase de descoberta. Durante a história é possível notar o quanto amigos e familiares demonstrarem carinho e suporte é importante para alguém nessa situação. Essas relações de amor e proteção são abordadas de modo que a série dialoga com todos os públicos de todas as idades, rendendo cenas emocionantes.

A representatividade não aparece apenas na ficção, a escolha do elenco também demonstra essa preocupação dos criadores da série, com atores de diversas etnias e sexualidades, respeitando essa representatividade dos personagens na vida real.

Bullying

(Imagem: Divulgação, Heartstopper, 2022)

Um dos tópicos sensíveis de Heartstopper é a homofobia em forma de bullying, e em diversas cenas é demonstrado como isso afeta pessoas LGBTQ+. Nesses momentos, a série assume um clima mais tenso e dramático, para transmitir os sentimentos dos personagens. Com isso, a série promove discussões necessárias e ajuda o público a entender melhor os efeitos negativos gerados pelo bullying.

Quadrinhos

(Imagem: Divulgação Editora Seguinte)

Lançado originalmente online, e então tendo o seu primeiro volume publicado em 2019, Heartstopper se tornou um sucesso internacional. Contendo, atualmente, quatro volumes publicados e mais de 52,1 milhões de leituras online. A trama fala de dois adolescentes Charlie e Nick, personagens secundários de um livro anterior de Alice, navegando sobre a sua adolescência, primeiro amor, assuntos lgbt, doenças mentais e muito mais.

A série foi aclamada pelos fãs pela semelhança com os quadrinhos, mas possui algumas diferenças, como: o maior desenvolvimento dos personagens secundários e a criação de dois novos personagens Isaac (Tobie Donovan) e Imogen (Rhea Norwood), eles serviram de apoio para a construção dos demais personagens. 

Os quadrinhos, que inspiraram a série, estão disponíveis na língua original (inglês) de forma gratuita no aplicativo Tapas ou no site Webtoon. Além disso, a coleção dos quadrinhos está sendo lançada no Brasil pela editora Seguinte, já possuindo 3 volumes publicados, com o 4º volume em pré-venda, com lançamento previsto para o dia 27 de junho. O 5º e último será lançado no mundo todo em 2023.

Aclamada por fãs e críticos

(Imagem: Divulgação, Heartstopper, 2022)

Com uma grande aclamação pelo público e 100% de aprovação no Rotten Tomatoes é possível notar que a série agradou tanto o público geral e os fãs dos quadrinhos, quanto os críticos. O destaque vai para a fotografia, que traz tons pastéis e elementos dos quadrinhos, como algumas animações misturadas as imagens e a transição de tomadas como se estivesse passando uma página, o telespectador se sente entrando neste novo mundo. 

A história possui uma trilha sonora envolvente, tudo estrategicamente pensado para complementar as cenas e fazer com que o telespectador fique ainda mais imerso na trama. 

Heartstopper é, no total, 250 minutos de uma história de acalentar o coração, engraçada, divertida e atual. Mas que também aborda temas extremamente relevantes como bullying, representatividade, amor, aceitação, homofobia e transfobia, tudo de uma forma leve, didática e respeitosa. É como beber um chocolate quente em uma tarde fria.

Assista ao trailer:

Ficha técnica:

Direção: Euros Lyn

Roteiro: Alice Oseman

Produção: Netflix

Elenco: Joe Locke, Kit Connor, Sebastian Croft, William Gao

Duração: 250 minutos (Média de 30 minutos por episódio)

Gênero: Drama, Romance

Classificação Indicativa: 12 anos

Origem: Reino Unido

Distribuição: Netflix

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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