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Cinema

Documentário sobre primeiro bloco drag do DF estreia no 56º Festival de Brasília

“Glitter Carnavalesco” é um curta-metragem criado pela cineasta sergipana Marla Galdino

Redação Jornal de Brasília

06/12/2023 11h23

Foto: Marla Galdino

O documentário “Glitter Carnavalesco” estreia no próximo dia 12, terça-feira, dentro da programação do 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. A sessão de exibição acontecerá no Cine Brasília, às 18h, e terá entrada franca. O curta-metragem é um dos quatro projetos selecionados para concorrer ao 25º Troféu Câmara Legislativa – Mostra Brasília, na categoria de curta-metragem. O filme narra a história do primeiro bloco de carnaval de drag queens do Distrito Federal, o “Bloco das Montadas – o bloco da diversidade”, idealizado e organizado pelo Coletivo Distrito Drag, que reúne artistas transformistas locais. Quem assistir vai entender como um bloco que esperava apenas 500 pessoas na primeira edição, reuniu 15 mil foliões e passou a integrar o calendário do carnaval do DF. O ingresso é gratuito, com retirada duas horas antes do início da sessão, na bilheteria do Cine Brasília.

Marla Galdino, cineasta sergipana, assina direção e roteiro, mas ressalta que “essa é uma construção coletiva que passa pela compreensão e pelas mãos de todas as pessoas da equipe”. A partir de pesquisa documental, imagens de arquivo e entrevistas com as artistas drags fundadoras, o curta mescla em sua narrativa a formação de uma troça carnavalesca que ocupou a cidade e o domingo de carnaval, espalhando purpurinas, irreverência, afetos e celebrando a diversidade.

A cineasta conta que já acompanhava o coletivo desde seu início, e consequentemente a organização do Bloco das Montadas. Nesse contexto, foi conhecendo a trajetória das drag queens do grupo. “Ao longo do tempo fui construindo imagens do bloco, das drags, das festividades. Como o audiovisual tem uma forte função de construir memória, entendemos a oportunidade de apresentar a construção do bloco ao longo das edições. Retratamos quem são as pessoas que fazem o bloco e que se apresentam no domingo de carnaval como drag queens, como elas se conheceram, qual o processo de vida de cada uma, e como chegaram à criação do coletivo e das ferramentas que usam para atuar socialmente. Além disso, buscamos retratar os desafios de fazer um bloco de carnaval que recebe milhares de pessoas todos os anos e que tem um potencial de representatividade tão grande. O bloco é uma organização coletiva e política para a comunidade LGBTQIAPN+ e para a sociedade do DF como um todo, porque é um espaço verdadeiramente democrático”, explica.

“Eu acredito que um documentário aproxima olhares, e podemos mostrar que o cinema são as pessoas que estão nele e o fazem. Minha expectativa é que o documentário chegue às pessoas, é importante ocuparmos espaços com trabalhos que evidenciem que o cinema é um processo longo, de construção coletiva. Para contar histórias é preciso que as pessoas queiram contá-las, e assim o cinema possa transformá-las em memória concreta. Esse é um documentário que pode ajudar a retratar a diversidade cultural, de representação de pessoas e movimentos culturais do DF que povoam o imaginário coletivo dessa comunidade”, complementa a cineasta.

SERVIÇO
Documentário Glitter Carnavalesco
Terça-feira, 12 de dezembro, às 18h
Cine Brasília (106/107 Sul, Asa Sul – Brasília-DF)
Mostra Brasília – Curta-metragem – 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
Entrada franca – retirada do ingresso 2 horas antes, na bilheteria.

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