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Celebridades

Giovanni De Lorenzi lembra críticas por substituição em novela

Em ‘Poliana Moça’, ator dá vida a personagem que já foi de João Guilherme

FolhaPress

11/07/2022 15h55

Foto|Reprodução

MARIANA ARRUDAS
SÃO PAULO, SP

Giovanni de Lorenzi, 26, fala com bom humor sobre a experiência ímpar com seu personagem em “Poliana Moça” (SBT). Na trama infantojuvenil, ele interpreta Luca Tuber e, logo de cara, teve que lidar com a reprovação do público.

Isso porque em “As Aventuras de Poliana” (2018), novela que antecedeu a atual, seu papel era interpretado por João Guilherme, 20, que tem uma base de fãs “gigante, fiel e defensora”, nas palavras de Lorenzi. O ator -que se classifica como “Luca Tuber da Shopee”, em referência ao site de compras- diz que já esperava receber críticas e “hate” na internet, principalmente por entender o público na reprovação da troca de atores. “Quando o diretor [Ricardo Montoanelli] disse que faríamos uma coisa totalmente diferente de antes, só me desesperei mais.”

Ele diz que, apesar de a experiência ter marcado sua passagem na novela, hoje é abraçado pelo público e usou as críticas para fazer conteúdos em suas redes sociais. Lorenzi faz vídeos reagindo a suas próprias cenas, “o que para alguns atores é meio difícil, e é mesmo”. Nos registros, ele faz piadas sobre o visual, estética do personagem e até mesmo a troca de artistas. “No fim, o público tem bastante razão em várias coisas.”

Lorenzi estreou na televisão na novela “Deus Salve o Rei” (Globo, 2018), na qual interpretou Ulisses, e está no elenco da série “Desalma” (Globoplay), como Maskym. Nesta última, ele atua ao lado da namorada, a atriz Anna Mello, que vive a misteriosa Halyna Lachovicz. “Uma curiosidade, nós nos conhecemos há cinco anos, não foi em ‘Desalma’. Foi muita coincidência”, conta o artista.

Apesar das experiências em séries e novelas, ele revela que sua verdadeira paixão são os filmes. “O cinema é um processo muito profundo e rápido. Talvez fazer novelas seja mais parecido com a vida, mas não é possível entregar a qualidade de um filme ou de uma série. Simplesmente não dá tempo. Em ‘Poliana Moça’ fazemos dois longas por semana”, explica em entrevista à Folha de S.Paulo.

Para o futuro, o ator classifica sua carreira como uma “loucura, que vai de infantil a terror e suspense”.

Ele espera a estreia do filme de terror “O Porão da Rua do Grito”, dirigido por Sabrina Greve, e também um retorno sobre a 3ª temporada de “Desalma”. “Vou voltar a fazer testes também”, completa.

Abaixo, Lorenzi conta sobre a escolha da carreira, principais inspirações e mais bastidores de “Desalma” e “Poliana Moça”. Confira trechos editados da conversa.

PERGUNTA – Quando surgiu a ideia de atuar?
GIOVANNI DE LORENZI – Foi tarde, quando estudava para o vestibular. Queria engenharia química ou administração. Eu estava sendo totalmente pressionado a escolher algo para fazer. Comecei a estudar os livros da Fuvest e os professores indicaram peças para ver… e a primeira que eu fui assistir foi ‘Capitães da Areia’ e eu gostei muito da iluminação da peça, fiquei vidrado nisso e comecei a pesquisar sobre iluminação de filme. Nesse processo, vi algumas entrevistas de atores, e então pensei: ‘Eu faria teatro’. Fiz teatro com a faculdade… um mês e meio de administração e larguei para fazer teatro.

P. – E você tem alguma inspiração de atuação?
GL – Sempre gostei de fazer um jeito mais discreto de atuação, mas de consumir gosto mais dos ‘loucos’ como o Edward Norton, Leonardo DiCaprio… Não me encaixo muito bem fazendo o que minhas referências fazem. Se fosse no meu estilo, seria mais o Benedict Cumberbatch -não em ‘Poliana Moça’, que é a exceção da exceção. Aqui no Brasil gosto bastante do que o Murilo Benício faz, e do Vladimir Brichta.

P. – Qual a diferença que você vê entre as séries e os filmes?
GL – Depois que eu fiz ‘Hard’, antes de ‘Desalma’, as séries conquistaram um lugar muito legal. É bem parecido com o cinema, mas você consegue ficar mais tempo do que nos filmes, e o período entre temporadas permite que você se distancie e depois volte para aquele mundo. Se você pegar um projeto que você não goste e tiver três temporadas, você se ferrou.

P. – No processo de aceitação pelo público em “Poliana Moça”, o João Guilherme te ajudou de alguma forma?
GL – ‘Poliana Moça’ é uma montanha-russa. Quando eu soube do teste, eu não sabia de ‘As Aventuras de Poliana’, nem que o público era tão fiel e forte. Me impressionei bastante com isso. Entrar na novela foi complicado porque também descobri que o personagem já estava sendo feito por outro ator. Sei o quanto é chato trocar o ator de um personagem que você curte muito. Eu fui esse ator novo. O João Guilherme ajudou, ele fez um tuíte pedindo calma, paciência e carinho com o ator que estava entrando no lugar dele.

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