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Ana de Armas fala sobre Marilyn Monroe: ‘Ela era corajosa. Aguentou muita coisa’

Blonde não é uma biografia de Marilyn Monroe, mas uma adaptação do livro ficcional de Joyce Carol Oates

Redação Jornal de Brasília

28/09/2022 19h07

Foto: Divulgação/Instagram

Andrew Dominik, diretor de Blonde, contou, em recente entrevista, como foi sua jornada para encontrar a Marilyn Monroe perfeita para a sua produção. Foi no terror Bata Antes de Entrar, de Eli Roth, que ele percebeu Ana de Armas, que no filme interpreta uma das duas garotas que infernizam o personagem de Keanu Reeves.

“Ana tem a mesma qualidade de Marilyn Monroe: o filme gira em torno dela quando aparece na tela. É como se ela fosse o sol, e tudo orbita à sua volta. O que acontece com ela no filme é o que importa, não o filme em si. O desafio de escalar alguém para fazer Marilyn Monroe é que você precisa entender para que tanto alvoroço. E no caso dos filmes de Marilyn, dá para ver que ela é sempre a coisa mais importante no filme”, disse Dominik ao Omelete, em Veneza.

Nessa época, a atriz cubana não falava inglês, ela aprendeu seus diálogos para o longa de Eli Roth imitando os sons, apenas. Só três anos depois que Ana faria teste para viver Marilyn Monroe, após surgir em Blade Runner 2049, por exemplo. “Fiquei estarrecida quando ele me convidou. Isso não era para acontecer. Não era uma personagem que deveria estar no meu caminho. Mas Andrew e o material eram mais fortes que meus temores. Eu tinha de fazer”, confessou Ana de Armas.

Blonde não é uma biografia de Marilyn Monroe, mas uma adaptação do livro ficcional de Joyce Carol Oates, que tem mais de 700 páginas. Por isso, seu segundo marido, Joe DiMaggio, é apenas o ex-atleta (vivido por Bobby Cannavale no filme), e o terceiro, Arthur Miller, é o dramaturgo (papel de Adrien Brody). A autora escreveu um romance experimental que fala da criação de um mito e mais especificamente de um mito americano.

Ana de Armas disse ter aprendido muito com Marilyn, que sofreu opressão do olhar masculino, abusos físicos e sexuais, múltiplos abortos – espontâneos e provocados -, entre outras coisas. “Ela era corajosa. Aguentou muita coisa. E é como se ela tivesse nascido aos 30 anos. Não sabemos quem era a criança, quem era a adolescente. Quem era ela? Então aprendi que, com as experiências de sua vida, seus traumas, suas dores, é preciso ser muito forte para seguir em frente”, disse a atriz.

Estadão Conteúdo

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