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Brasília

Síndico de prédio na Asa Sul é suspeito de furtar celular de morador após agressão

Arquivo Geral

16/05/2018 21h13

Atualizada 17/05/2018 8h12

Reprodução

Ana Clara Arantes
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Uma briga de condomínio que acontece há mais de um ano acabou em crime. O atual síndico do residencial Golden Place, localizado na 713/913 Sul, teria furtado o celular de um morador durante discussão. O caso foi parar na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul).

De acordo com o delegado João Ataliba, toda semana há ocorrências de ameaça, difamação e injúria por parte do morador Adir Sousa Santos, de 45 anos, contra o síndico Gustavo Henrique Cavalcanti Sales, 40. “Já são em torno de 40”, estima.

Na Justiça, eles travam uma batalha pelo cargo de síndico. A ação foi iniciada por Adir, que ganhou a causa, mas Gustavo não aceitou. O condomínio passou a ter dois gestores, até Adir ser destituído do cargo após acusações, do rival, de violência sexual e racismo.

Ontem houve uma audiência de conciliação entre as partes. Porém, segundo o delegado, não houve acordo. Após a reunião, Gustavo teria importunado Adir na garagem. O morador, ao perceber a presença do advogado do condomínio, teria ido pedir satisfações sobre a situação.

Adir foi abordado então pelo encarregado do prédio, identificado como Uantoni, que deu um tapa na mão e um golpe de “mata-leão” no homem. Assim que Adir desmaiou, Gustavo pegou seu celular.

Para Ataliba, os envolvidos não estão levando a Justiça a sério. “Não estão percebendo a gravidade da situação. Daqui a pouco isso pode evoluir para um homicídio”, analisa. Adir acredita que o furto de celular tenha ocorrido devido ao fato de existirem gravações e filmagens contra Gustavo.

O outro lado

O JBr. ouviu o síndico e oficial do Exército Gustavo Henrique. O homem nega ter furtado o celular do ex-síndico Adir. Ele alega ter se protegido contra um suposto ataque. “Ele estava vindo para cima de nós”, justifica. Gustavo tem ciência dos boletins contra ele e mostra documentos que comprovam o arquivamento dos casos por falta de materialidade.

Ele relata que Adir foi destituído do cargo de síndico por 97 votos contra um. “Foi por contas reprovadas e diversas outras irregularidades”, argumenta.

De acordo com a advogada de Gustavo, Patrícia Prado, as contas de Adir enquanto síndico foram reprovadas. Perícia contábil teria constatado um rombo de R$ 154 mil. “Ele não tem emprego e só vivia como síndico, então há de se verificar, inclusive, a evolução patrimonial dele”. Segundo ela, quando Adir começou como síndico, ele possuía um Fusca, e agora tem um Toyota Corolla. “Como uma pessoa tem uma evolução dessa sem trabalho?”, indaga.

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