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Brasília

Preso casal suspeito de matar mãe e filho em rodoviária no Plano Piloto

Arquivo Geral

09/07/2018 17h47

Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília

João Paulo Mariano
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Após negociações que duraram todo o fim de semana, o casal apontado como autor da morte de mãe e filho no ultimo dia 4 deste mês, no Terminal Rodoviário Metropolitano, mais conhecido como rodoviária do Entorno, se entregou, por volta das 15h desta tarde. Henrique Monteiro Gonçalves, 33, e Geovana Gomes dos Santos, 32, eram considerados foragidos e, desde o dia do crime, eram procurados pelas Polícias do DF e de Goiás. Ambos estavam em São Sebastião na casa de conhecidos e agora estão presos preventivamente.

Henrique foi o responsável pelos três disparos que vitimaram Maria Célia Rodrigues dos Santos, 38, e Welington Rodrigues Santos Silva, 22. Segundo o delegado chefe da 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), Rogério de Oliveira, o casal vai responder por duplo homicídio por motivo torpe e sem oportunidade de defesa e pela tentativa de homicídio a outra filha de Maria, Kerolyn Ketlen Moreira, 19, que segue internada no Instituto Hospital de Base (IHBDF) devido ao ferimento no abdômen. Eles estão presos na carceragem da delegacia e serão encaminhados ao Departamento de Polícia Especializada (DPE).

Premeditação
Para o delegado, apesar do silêncio dos acusados, não há duvida da culpa e nem da premeditação. Apesar disso, a defesa teria alegado à corporação que os tiros foram deferidos por legitima defesa. “O primeiro disparo foi na Maria Célia que estava desarmada e, em seguida, no Welington, que tinha um facão, mas é comum os ambulantes utilizarem facas lá”, refuta, comentando da desproporção do crime. As testemunhas do local também garantiram que Henrique teria feito os disparos sem dar possibilidade de defesa para as vitimas.

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Fuga e prisão

Como Henrique e Geovana permaneceram calados durante o depoimento e não foram apresentados a imprensa, a investigação se baseou na fala das testemunhas, no histórico dos dois e de uma imagem captada por uma câmera da rodoviária que mostra Henrique correndo sem a arma. Para a Polícia Civil, a versão dos acusados de que a arma sumiu durante o processo de fuga é, na verdade, falta de cooperação deles com a investigação.

Após fazer os disparos, Henrique foi para um lado e a esposa, com a arma, para o outro. Eles teriam pego um ônibus que ia em direção a Águas Lindas e sumido depois. O último destino dos dois teria sido São Sebastião, antes de se entregarem à 5ª DP do Plano Piloto.

Ambos tinham passagens pela polícia: ele por roubo e ela por lesão corporal em 2014, 2016 e 2018. Assim, o homem vai também responder pelo processo de cooptação, que tinha um mandado aberto.

  Henrique Monteiro Gonçalves. Foto: Divulgação/PCDF

Geovana Gomes dos Santos. Foto: Divulgação/PCDF

Investigação

As averiguações ainda continuam pois a terceira pessoa que se machucou foi ouvida somente hoje a tarde, ainda no hospital. Para o delegado Rogério, a versão de Kerolyn Ketlen Moreira é essencial para entender como tudo ocorreu na tarde da última quarta (04) e devido a proximidade com todos os envolvidos, já que ela era filha de Maria Célia, que foi assassinada, e conhecia os autores do crime.

O investigador Rogério Oliveira, mais uma vez, reiterou que a confusão começou por “uma besteira”. Maria Célia teria rido de uma determinada situação e Geovana não gostou, na semana retrasada. Houve uma primeira briga, na semana retrasada, e daí por diante, eles não se entenderam mais. A discussão continuou devido a disputa do espaço e culminou no crime.

 

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