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Brasília

Motorista é encontrado morto dentro de delegacia após prisão por embriaguez

Arquivo Geral

14/08/2017 13h52

Oswaldo Reis/Jornal de Brasília

Um homem de 43 anos foi encontrado morto, às 4h35 desta segunda-feira (14), dentro de uma cela da 27ª Delegacia de Polícia, no Recanto das Emas, supostamente enforcado com a calça que usava. Giovânio Alves da Silva havia sido preso por volta das 23h de domingo (13) por dirigir sob influência de álcool, em uma rua da região administrativa.

Segundo a Polícia Civil, após policiais encontrarem o homem desacordado na cela, acionaram o Corpo de Bombeiros, mas ele já não apresentava sinais de vida. A PCDF informou que foi instaurado procedimento para apuração dos fatos. O Instituto de Criminalística (IC) realizou perícia no local e aguarda conclusão do laudo.

De acordo com a PCDF, durante a abordagem na blitz, o teste do etilômetro, aplicado pelos policiais militares em Giovânio mediu 1,11 mg/l, índice superior à quantidade mínima aceitável. A família foi comunicada sobre o valor da fiança, mas não compareceu à delegacia para o pagamento.

O caso de Gilvânio é semelhante ao que ocorreu com Luís Cláudio Rodrigues, motorista da Caixa, de 48 anos. Ele foi encontrado morto dentro de uma cela da 13ª DP, depois de ser preso por dirigir embriagado. Um laudo preliminar da Polícia Civil aponta para suicídio por sufocamento – versão rebatida pela família do homem.

A família do motorista divulgou imagens de hematomas espalhados pelo corpo do motorista. Nas fotos, é possível ver cerca de nove lesões nos braços, pernas, costa e também no pescoço.

O cunhado do motorista, o autônomo Marcos Eustáquio, de 48 anos, contesta a versão preliminar dada pela Polícia Civil – que diz que “os peritos de local não visualizaram qualquer lesão externa, que não aquela proveniente do próprio enforcamento”.

No entanto, o autônomo descarta a hipótese de suicídio. “A gente sempre bateu na tecla, desde a saída da delegacia, de que é impossível o suicídio. Ele foi encontrado morto ajoelhado. Não tinha sangue no nariz, nem marca de urina no chão”, aponta.

Para Eustáquio, os agentes da Polícia Civil teriam que ter encaminhado o motorista para a perícia antes de o colocarem na cela. “Por que a polícia, ao recebê-lo, não encaminhou pro IML? Ele já estava machucado”, questiona.

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