Jéssica Antunes
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A médica suspeita de matar o filho com overdose na Asa Sul permanecerá presa. Em audiência de custódia, a Justiça do Distrito Federal decidiu, nesta quinta-feira (28), manter a pediatra reclusa por tempo indeterminado em virtude da gravidade do caso. Ela também tentou se matar e segue internada no Instituto Hospital de Base (IHBDF).
Segundo a juíza Lorena Alves Ocampos, mantê-la presa é necessário diante da gravidade do caso. “As circunstâncias, sobretudo o fato de ter matado seu próprio filho de 3 anos, bem como o modo como realizou a conduta (supostamente colocando remédio/veneno na mamadeira da criança), demonstra a necessidade da prisão. Tais circunstâncias confirmadas pelas testemunhas extrapolam enormemente a gravidade ínsita ao tipo de homicídio”, afirmou, na decisão.
A depressão acusada por conhecidos da suspeita também foi usada pela defesa, feita pela Defensoria Pública, como argumento para pedir liberdade provisória. A médica que atua no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) está hospitalizada sob escolta policial. Ela atentou contra a própria vida, com ferimentos no pescoço e pulsos, e está sob custódia policial na unidade de saúde.
Para o Ministério Público, porém, não se pode ignorar a gravidade do ocorrido. Isso porque “extrapola enormemente a gravidade normal do crime de homicídio o fato de uma mãe matar seu próprio filho, o que configura verdadeira tragédia”. Após a alta médica, ela deve ser levada para o Centro de Detenção Provisória (CDP).
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Investigação
O caso é apurado pela 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). Tudo aconteceu por volta das 18h no prédio da 210 Sul. O menino morreu no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) e apenas o laudo do Instituto Médico Legal (IML) pode definir a causa da morte. Investigadores apontaram suspeita de overdose após encontrarem medicamentos controlados no apartamento. O enterro da criança está previsto para sexta-feira (29) às 16h, no cemitério da Asa Sul. O velório começa às 13h.
