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Veículos com Gás Natural Veicular: veja dicas para evitar riscos de acidentes

DF possui 2.890 carros adaptados com o GNV. Na terça-feira (26), explosão em carro que abastecia no RJ deixou um idoso morto e uma mulher ferida. Veja dicas de segurança sobre instalação e utilização do sistema

Redação Jornal de Brasília

28/07/2022 19h05

Foto: Reprodução

Por Marcos Nailton
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A adesão ao uso de Gás Natural Veicular (GNV) nos automóveis vem se tornando uma alternativa no país e também no Distrito Federal devido a consequência do constante aumento no preço dos combustíveis. Porém, para que a conversão seja realizada, diversas medidas de segurança devem ser tomadas. Segundo dados do Departamento de Trânsito do DF (Detran/DF), a frota de carros adaptados para o GNV na capital é de 2.890 veículos.

Na última terça-feira (26), um homem foi morto e uma mulher ferida ao abastecer o carro com o GNV em um posto na Zona Norte do Rio de Janeiro. O cilindro de gás explodiu no momento em que Mário Magalhães da Penha, 67 anos, abriu o porta-malas do veículo. O idoso chegou a ser levado para o hospital, foi submetido à cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos.

Segurança para evitar acidentes

Para que o uso do GNV seja seguro, a conversão deve ser realizada exclusivamente em empresas credenciadas pelo Instituto de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) e devem passar por rigorosa inspeção técnica para receber o Certificado de Segurança Veicular (CSV). Além disso, o proprietário deve seguir a legislação federal que determina a inspeção veicular anual inicial e periódica obrigatória para a renovação do certificado.

Essa inspeção é realizada por empresas acreditadas (credenciadas) pelo Inmetro e licenciadas pela Senatran. Essas oficinas avaliam as condições de segurança dos veículos como um todo, e dos seus sistemas de GNV instalados, inclusive quanto à certificação compulsória de determinados componentes (exemplos: cilindro para armazenamento de GNV, suporte do cilindro, receptáculo de abastecimento, válvulas e dispositivos de segurança, redutor de pressão, e linhas de alta/baixa pressão).

Após avaliação, o proprietário recebe o Selo Natural Veicular e é novamente emitido o CSV, que comprova que o kit GNV, naquele momento, não apresentava vazamentos e que todos os componentes estavam dentro das normas de instalação e segurança previstas. A cada 5 anos, os cilindros GNV também devem passar por um processo de requalificação.

No DF, para a instalação no carro do sistema do gás natural, há apenas duas oficinas licenciadas, uma localizada em Águas Claras e outra na Candangolândia. Os moradores podem ver quais são as oficinas autorizadas no site do INMETRO (www.inmetro.gov.br/inovacao/oficinas/listagem.asp).

Ao JBr, o Detran-DF informou que “quanto à fiscalização de trânsito, os agentes observam se o documento traz o registro da alteração da característica e a exigência do Certificado de Segurança Veicular (CSV) durante as blitzes”.

Dicas de prevenção ao abastecer

  • O motor do veículo e todos os componentes da parte elétrica, como faróis e equipamentos de som devem ser desligado;
  • Não utilizar o telefone celular;
  • Os ocupantes devem sair do carro e aguardar em local seguro, afastado do veículo;
  • O porta-malas e o capô devem ficar abertos;
  • Equipamentos elétricos e eletrônicos devem permanecer desligados;
  • O frentista deve fazer o aterramento próximo à válvula do abastecimento;
  • É proibido fumar ou usar isqueiros ou fósforos na zona de abastecimento;
  • Antes de ligar o veículo, verificar se a mangueira de abastecimento foi devidamente desconectada.

O DF possui 22 postos de combustíveis revendedores autorizados a realizar o abastecimento do GNV em operação, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) . O órgão informou em nota ao Jornal de Brasília, que fiscaliza as instalações dos postos, e que no caso do gás natural, o limite de pressão máxima de abastecimento é de 220 bar, para que não haja perigo de explosões.

A ANP ainda ressaltou que o risco de ocorrência de acidentes que ocasionam explosões de cilindros se deve ao procedimento de instalação e manutenção não adequada, além de processo ser realizado em oficinas não credenciadas pelo INMETRO.

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