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Brasília

Variante indiana preocupa Osnei Okumoto

O Secretário de Saúde quer fazer sequenciamento genético do vírus para detectar possíveis variantes no Distrito Federal

Catarina Lima

03/05/2021 18h20

O secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto durante entrevista coletiva. Foto: Lúcio Bernardo/ Agência Brasília

O secretário de Saúde do Distrito Federal, Osney Okumoto, demonstrou preocupação com a possível chegada ao Brasil e ao Distrito Federal da variante do coronavírus presente na Índia, responsável por mais uma onda da doença no país asiático. “É preciso fazer o sequenciamento genético para saber se o vírus está circulando por aqui, uma vez que existem dois voos semanais da Índia para o Brasil”, explicou. A variante dominante hoje no DF é a P1, encontrada primeiramente em Manaus (AM). A informação foi dada na tarde de ontem, em entrevista coletiva do secretário de Saúde e do chefe da Casa Civil do DF, Gustavo Rocha.

Questionado sobre a flexibilização das medidas restritivas, o chefe da Casa Civil disse que o decreto do governador do DF, Ibaneis Rocha, relaxando as medidas teve como base a queda no número de casos de covid e na taxa de transmissão e no aumento na disponibilidade de leitos. De acordo com Rocha, existem apenas 23 pessoas à espera de leitos de UTI covid na cidade. No entanto, a lista de espera para leitos gerais tem 89 pacientes.

Outra informação dada na coletiva foi que as 5.800 doses da vacina da farmacêutica norte-americana Pfizer serão todas destinadas às pessoas com comorbidades. Assim que chegarem, as doses serão levadas imediatamente para rede de frios da SES devido à necessidade de serem conservadas em baixíssimas temperaturas. A partir de hoje terá início a imunização do primeiro grupo de comorbidades que são pessoas com deficiências permanentes, gestantes com comorbidades, pessoas com Síndrome de Down e em terapia renal substitutiva. Para esse público serão disponibilizadas 10 mil doses de vacinas.

O chefe da Casa Civil disse que ontem foram recebidas 81.500 doses da vacina AstraZeneca, das quais 60 mil vão ser destinadas à primeira dose dos cadastrados por comorbidades, sendo dez mil ao primeiro grupo, dez mil aos profissionais de saúde, que poderão fazer o agendamento hoje e amanhã. Rocha fez um apelo às pessoas com idade entre 60 e 61 anos que compareçam aos postos de vacinação. Até o momento, de acordo com dados da Secretaria de Saúde, apenas 16% do público alvo desta faixa etária, que é composta por cerca de 50 mil pessoas, tomaram a primeira dose. Também foi informado que 100 mil pessoas já se cadastraram para a vacinação por ter alguma doença listada como sendo comorbidade.

Segundo Gustavo Rocha, muitos não compareceram aos postos de vacinação esperando o imunizante da Pfizer. “Peço que por favor as pessoas compareçam aos postos de vacinação. As vacinas que temos são seguras. É melhor ter um pequeno efeito colateral que correr o risco de contrair a doença e precisar de internação ou até chegar a óbito”, advertiu o chefe da Casa Civil.

Efeitos colaterais da AstraZeneca

Informado que pessoas de 60 e 61 anos estão à espera de outros imunizantes, temendo os efeitos colaterais da AstraZeneca, o secretário de Saúde informou que os efeitos mais comuns são febre, dor no corpo, mal-estar e dor no local da aplicação “Esses efeitos duram cerca de 24 horas. Depois as pessoas retomam suas atividades normais”, explicou Okumoto.

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