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Brasília

Vagas de trabalho doméstico crescem

Foi constatado um aumento do número de postos de trabalho entre os empregados domésticos (2,7%, ou 2 mil)

Redação Jornal de Brasília

24/02/2021 6h01

Cezar Camilo
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No setor privado, houve relativa estabilidade no assalariamento com carteira de trabalho assinada (0,2%, ou 1 mil), enquanto não variou o número de assalariados sem carteira assinada.

Também foi constatado um aumento do número de postos de trabalho entre os empregados domésticos (2,7%, ou 2 mil) e redução entre os trabalhadores autônomos (-4,1%, ou -10 mil) e para aqueles classificados nas demais posições, onde estão incluídos os empregadores, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração, profissionais liberais e outras posições ocupacionais (-5,8%, ou -6 mil).

Um dos setores mais afetados pela pandemia de covid-19 foi o segmento de bares e restaurantes. Entre portas fechadas, redução do horário de funcionamento, aumento nos preços de insumos e gasolina para o transporte dos alimentos, o serviço teve baixa de 70% nos rendimentos do negócio. Para Oswaldo Scafuto, proprietário do restaurante Santé 13, o corte refletiu no quadro de funcionários contratados pela casa. Destes, 30% eram compostos por moradores do Entorno. Hoje, correspondem a 5% do total de empregados do estabelecimento.

“Os índices da pesquisa [PED] refletem a realidade de Brasília. No setor de bares, grande parte dos funcionários são do entorno. O custo de manutenção para estes colaboradores é maior, o preço das passagens é o dobro se comparado com moradores da capital. Infelizmente, tivemos um impacto enorme no fluxo de caixa e tivemos que realizar cortes”, ressalta Scafuto ao Jornal de Brasília.

Saiba Mais

As consequências do desemprego não são apenas sociais, elas também podem ser psicológicas, por afetar diretamente o modo de vida da pessoa, e políticas. Alguns estudos apontam que o desemprego aumenta os problemas relacionados com a saúde física e mental do trabalhador, como: autoestima, insatisfação, frustração e mudança no humor.

“A discussão sobre saúde mental e desemprego é pertinente devido aos efeitos deletérios que essa situação pode produzir na saúde do indivíduo, pois ela tem repercussões na vida como um todo da pessoa desempregada”, esclarecem os professores da faculdade de Psicologia da Universidade Católica de Brasília (UCB).

“Nas sociedades capitalistas, o trabalho passou a ter uma centralidade na vida dos indivíduos, transformando-se em uma condição para a sobrevivência e, independentemente do conteúdo, virou um dever”.
O secretário de Trabalho, Thales Mendes, ressaltou que “as pesquisas sobre o mercado de trabalho local são fundamentais para orientar o caminho no qual o governo deve seguir, observando quais os setores produtivos que mais contrataram pessoas, para então oferecer qualificação profissional necessária, voltada para o consumo dessa mão de obra pelo mercado de trabalho”.

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