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Brasília

GDF espera decisão do Ministério da Saúde para começar a vacinar crianças

A Secretaria de Saúde aguarda por uma portaria do governo federal, além do recebimento das doses destinadas às crianças de 5 a 11 anos

Redação Jornal de Brasília

16/12/2021 15h25

Foto: Geovana Albuquerque/Saúde-DF

Por Evellyn Luchetta e Gabriel de Sousa
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovou a vacinação contra o coronavírus para crianças de 5 a 11 anos nesta quinta-feira (16). As doses, no entanto, serão aplicadas com a condição de que os pequenos recebam o imunizante produzido pela Pfizer-Biontech. No Distrito Federal, o secretário da Saúde, General Manoel Pafiadache, informou que ainda não pode tomar decisões sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos no DF. “É prematuro a Secretaria de Saúde tomar qualquer tipo de atitude ou ideia”, afirmou.

Apesar da autorização da Anvisa, não existe uma previsão, em nível nacional, de quando a vacinação desse grupo iniciará. A dosagem deve ser um terço menor do que a utilizada em adolescentes e adultos, e, até o momento, o Brasil não tem doses ajustadas para esse caso. Por esse motivo, Pafiadache lembrou que a pasta é “extremamente aliada” ao Plano Nacional de Imunização (PNI) e ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19 (PNO), e que desta forma, não poderia dar mais declarações sobre o planejamento da aplicação da vacina da Pfizer-BionTech nas crianças brasilienses antes do pronunciamento oficial destes órgãos.

“Estamos aguardando um relatório técnico, a portaria do ministério da saúde para saber como fazer, o que fazer, como prosseguir e principalmente sobre as doses que virão para o Distrito Federal”, disse.

De acordo com o General, há 268 mil crianças de 5 a 11 anos no Distrito Federal, público que, em breve, deve ir para os postos de vacinação da capital federal. “Nessa faixa, pelo menos 268 mil crianças se enquadram e serão vacinadas, quando as doses forem liberadas pelo Ministério da Saúde”, disse.

O secretário-adjunto, Fernando Erick, também estava presente e aproveitou a oportunidade para conclamar a população que ainda não foi aos postos de saúde do DF, para que fossem se imunizar o quanto antes, e prometeu ações para a vacinação completa da capital federal para o ano que vem. “Se vacinar é um ato de cidadania, civilizatório, de consciência coletiva, e é um ato que nós vamos persistir em todo o ano de 2022”, concluiu o secretário adjunto.

Pafiadache disse ainda que as novas restrições de entrada de locais para pessoas não vacinadas passam por um processo de análise entre a pasta e o governador Ibaneis Rocha (MDB), e que novos decretos podem ser tomados com o estudo dos números da doença no Distrito Federal. “Nós não estamos fechados para nenhum tipo de restrição. Apenas a gente analisa o momento, todos os dados da epidemia para tomarmos algum tipo de atitude. O governador acompanha, eu realmente passo os dados para ele, e é desse jeito que a gente vai tocar”, disse.

No dia 24 de novembro, um decreto do Governo do Distrito Federal (GDF), assinado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), começou a exigir o cartão de vacina contra o coronavírus em shows e competições esportivas. No documento o executivo afirmou que a intenção era a de “proporcionar aos estabelecimentos que criem suas próprias condutas de segurança, de acordo com sua realidade, seguindo o protocolo geral da Covid-19”.

Na reunião desta quinta-feira (16), foram apresentadas as estatísticas sobre a vacinação na capital federal. Segundo a pasta, 221 mil brasilienses ainda não se vacinaram, sendo 44 mil adolescentes e 177 mil adultos com mais de 18 anos. Também restam 220 mil pessoas aptas a receberem a segunda dose do imunizante, e que ainda não foram aos postos de saúde.

Segundo o diretor de vigilância epidemiológica, Fabiano dos Anjos, 91,41% dos brasilienses com mais de 12 anos já começaram o seu esquema vacinal recebendo pelo menos uma dose, enquanto 80,64% já receberam duas aplicações.

Considerando a população total dos brasilienses, há 68,09% de brasilienses com a segunda dose ou a dose única da vacina da Janssen já aplicada em seus braços, e 75,29% de brasilienses que já receberam pelo menos uma dose. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a vacinação entre 85% e 95% da população de um determinado local.

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