Tainá Morais
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Traficantes lucravam cerca de R$ 20 mil por mês ao fabricar e distribuir cerca de 300 ampolas de cetamina, por mês, em todo o Distrito Federal e Goiânia (GO). De acordo com informações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a droga, também conhecida como ketamina e “Special K”, é produzida por meio de um anestésico de uso veterinário, para cavalos. A substância pode causar alucinações e overdose em seres humanos. Além disso, foram apreendidos porções de maconha, ecstasy e anabolizantes. O flagrante foi realizado na madrugada desta quarta-feira (30), em Taguatinga.
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A quantidade adquirida por mês pelo proprietário da loja é significativa. Para o delegado da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), Luiz Henrique Sampaio, chega a ser preocupante. “Somente no mês de maio ele fez o pedido de 270 ampolas. É uma quantidade assustadora por conta do risco que o entorpecente pode causar à saúde”, disse.
Os usuários transformavam o material, originalmente líquido, em pó, para o consumo. Ainda segundo o delegado, se o material for mal administrado, pode levar à morte. “A droga é considerada recreativa, pois provoca euforia e alucinações. Em grande quantidade, o usuário pode colocar sua vida em risco”, alerta.
O entorpecente, que muitas vezes é misturado à cocaína e ecstasy, costuma ser usado em boates e em festas de música eletrônica (raves).

Tainá Morais
A cetamina pode ser encontrada em agropecuárias e pet shops. No entanto, só pode ser vendida com receita, o que não era feito pelos envolvidos. Mesmo com as restrições, era possível comprar a droga sem qualquer dificuldade. A empresa responsável pela venda também será investigada.
“Quem vendeu esse medicamento terá de esclarecer e dizer por qual motivo vendeu o produto para quem não pode comprar. Comprovadas mais ilegalidades, a distribuidora pode responder por tráfico de drogas”, ressalta o delegado.
O tráfico desta substância tem crescido na Europa, principalmente em países como Espanha e Inglaterra, e também nos Estados Unidos. “No DF, o número de apreensões dessa nova droga tem aumentado exponencialmente e isso nos preocupa”, finaliza.
Entre os presos está o proprietário de uma agropecuária de Taguatinga M.S.M., 38 anos. Ele é acusado de ter vendido a droga para A.D.A.S., 33, que repassava para os outros dois investigados, M.D.S.,31, e D.A.N.,30. A dupla era responsável por transformar a substância em pó e distribuí-las a outras pessoas.
Todos foram encaminhados para a carceragem da PCDF, onde foram autuados por tráfico e associação para o tráfico de drogas.