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Brasília

Tom conciliador e democrático de JK foi destacado em homenagem ao ex-presidente

Falando sobre a crise enfrentada pelo Brasil de hoje, Pacheco chegou a dizer que tem expectativas positivas em relação à carta dirigida à Nação pelo presidente Jair Bolsonaro

Catarina Lima

12/09/2021 16h32

Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Em solenidade que comemorou os 119 anos de nascimento do ex-presidente Juscelino Kubtischek e os 40 anos da criação do Memorial JK, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), destacaram o tom conciliador e a defesa da democracia como marcas do fundador de Brasília. Falando sobre a crise enfrentada pelo Brasil de hoje, Pacheco chegou a dizer que tem expectativas positivas em relação à carta dirigida à Nação pelo presidente Jair Bolsonaro.

“O respeito aos poderes é fundamental para tirar o país do momento de crise em que se encontra”, frisou o senador. A comemoração, que reuniu políticos e empresários, aconteceu no Memorial JK e foi organizada pela curadora local, a neta de Juscelino, Ana Cristina.

“Esse evento memorável comemora 119 anos do nascimento de um dos maiores republicanos e democratas que esse país já teve. Veio de Diamantina com todas as dificuldades, mas chegou à capital da república e mostrou tudo o que precisamos ver neste momento, que é diálogo, diálogo e diálogo, o que este país mais precisa. Esse evento transborda o Memorial. Com muita fé chegará ao Senado Federal, ao Congresso Nacional como um todo e, quiçá, à Presidência da República. Esta semana, pelas mãos do presidente Temer, começou com um novo diálogo e nós esperamos um novo tempo para o nosso país”, destacou Ibaneis.

O governador do DF disse, ainda, que os políticos devem entender que as pessoas que sofrem nas ruas, as mais carentes, precisam da compreensão por parte dos políticos de que o diálogo aconteça para que o Brasil seja colocado nos trilhos do desenvolvimento, da oferta de emprego e do socorro aos mais carentes.

O presidente do Senado também enalteceu as qualidades conciliadoras de JK. “O conteúdo da carta do presidente à Nação vai ao encontro do que é a nossa expectativa de pensarmos o Brasil, do respeito aos poderes, que os poderes se respeitem e tenhamos sempre a lógica de cumprimento da Constituição e da observância do que é o bem comum. O bem comum se constrói num ambiente democrático. Nós precisamos de união e de pacificação no Brasil e a carta à Nação do presidente da República é uma sinalização muito positiva, portanto eu guardo muita expectativa e confiança de que ela se perpetue como uma tônica entre as relações dos poderes a partir de agora”.

JK, um dos últimos estadistas

Para comemorar os 119 anos de Juscelino e os 40 do Memorial foram preparados dois livros. Um deles, voltado para o público infantil, intitulado “De Nonô a JK” – Nonô era o apelido do ex-presidente quando criança – e o segundo, o terceiro volume da coletânea “Memórias do Brasil – Discursos de Juscelino Kubistchek”. O livro infantil foi produzido pelo Memorial JK em parceria com a Secretaria de Cultura do DF.

O secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, que também participou da solenidade, disse que a memória de JK precisa ser mantida viva. “O responsável por estarmos aqui merece todas as homenagens possíveis do povo de Brasília e das autoridades, e, sobretudo, diante dos tempos que estamos vivendo. JK talvez tenha sido um dos últimos estadistas deste país. É preciso cultuar a memória política dele nesse sentido, tirando as lições políticas que ele deu. Foi um homem que venceu muitas adversidades, foi perseguido e tornou um sonho possível. Brasília foi possível graças a esse personagem tão importante”, destacou.

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