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Brasília

TCDF de olho na volta às salas de aulas

Durante o cronograma de retomada das aulas presenciais nas escolas públicas, o TCDF busca fiscalizar com ajuda da população

Redação Jornal de Brasília

16/08/2021 19h21

Gabriel de Sousa
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O corpo técnico do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) informou que está fazendo uma série de análises para verificar a infraestrutura e os materiais usados nos trabalhos realizados durante o ensino remoto emergencial. A fiscalização acontece em meio das primeiras semanas do cronograma de retorno às aulas presenciais da rede pública de ensino. Nesta segunda-feira (16), os estudantes dos últimos anos do Ensino Fundamental e o 2º e 3º segmento da Educação de Jovens e Adultos (EJA) voltaram às salas de aula após um ano e meio de interrupção devido à pandemia de covid-19.

O órgão declarou que também deseja ouvir os responsáveis dos estudantes. Para isso, o TCDF criou um questionário com várias perguntas relacionadas a acesso à internet, infraestrutura escolar, segurança dos estudantes, distribuição de alimentos, cestas verdes e bolsas de alimentação escolar. Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal, diversas denúncias sobre famílias que não receberam os benefícios foram recebidas. O prazo para responder o questionário se estenderá até o dia 1º de setembro.

Além dos pais dos alunos, o corpo docente das escolas da rede pública e também os funcionários da Secretaria de Educação irão responder o questionário.

Para chegar no maior número de brasilienses, o TCDF está divulgando os questionários pelas redes sociais, a fim de receber uma maior parcela de colaboração da comunidade. Segundo o conselheiro Renato Rainha, a vigilância popular é importante para sanar os problemas estruturais das instituições de ensino. “A comunidade pode ajudar a identificar melhor as carências das escolas públicas, de modo que o Tribunal, em razão dessas informações, possa determinar ações para o aprimoramento da qualidade do ensino público do DF”, afirma.

Estudantes dos últimos anos do Ensino Fundamental retornam às salas de aula

Uma das escolas que já responderam o questionário foi o Centro Educacional Stella dos Cherubins Guimarães Trois, localizado em Planaltina, no bairro do Setor Sul, próximo ao centro histórico da cidade. A escola que dá aulas para estudantes do ensino fundamental e médio, recebeu os alunos do 6º ao 9º ano na tarde desta segunda-feira (16).

Segundo Gilberto Martins, vice-diretor da instituição, o Stella dos Cherubins possui uma infraestrutura propícia à recepção segura dos estudantes, que na entrada da escola devem realizar a aferição de temperatura na entrada da escola. Além disso, segundo o docente existem diversos mecanismos com álcool em gel ao acesso fácil dos jovens, além das regras pré-estabelecidas de distanciamento social.

O vice-diretor conta que respondeu o questionário do Tribunal de Contas do Distrito Federal e que o centro educacional estará informando diariamente à Regional de Ensino de Planaltina sobre atualizações estruturais e a frequência dos seus alunos. “Nós somos funcionários públicos, nós temos que prestar esclarecimentos à sociedade, e o órgão é um instrumento que é usado para essa questão”, afirma.

Gilberto conta que o alto número de alunos que compareceram ao primeiro dia de aulas presenciais foi uma surpresa inesperada: “Eu acredito que 75% dos que teriam que vir à escola estiveram presentes.” A escola está adotando o sistema híbrido de ensino, e 90% dos alunos do Centro Educacional optaram por ir estudar presencialmente nas escolas e 10% preferiram continuar no sistema remoto de ensino. Os alunos que possuem comorbidades autodeclaradas pelos responsáveis, irão continuar a ser educados pela internet.

O docente conta que os professores da instituição estão receosos com o retorno às atividades presenciais: “Ficaram com medo, mas não por eles, já que a maioria dos professores estão vacinados”. O diretor informou que nem todos os profissionais da educação retornaram às salas de aula, pois aguardam a segunda dose das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca. Segundo ele, os docentes que aguardam pela imunização completa continuarão a exercer a profissão com o uso de plataformas virtuais.

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