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Brasília

Sessão solene na CLDF reitera importância no combate ao racismo religioso

Sendo membro da Frente, o deputado Fábio Felix (PSOL) aproveitou o momento para reiterar a importância do respeito à diversidade religiosa

Mayra Dias

18/04/2023 18h39

O respeito à diversidade religiosa e a mobilização contra o racismo religioso foi a pauta da sessão solene de lançamento da Frente Parlamentar em Defesa e Proteção dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e das Religiões de Matriz Africana do DF, que ocorreu na noite de quinta-feira (13).

O evento reuniu, no auditório da Câmara Legislativa do DF (CLDF), adeptos das religiões de matriz africana, que também comemoraram o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé.

Sendo membro da Frente, o deputado Fábio Felix (PSOL) aproveitou o momento para reiterar a importância do respeito à diversidade religiosa e da luta contra a intolerância, citando a Lei 7226/2023, que, inclusive, é de autoria do parlamentar. Ele frisou que essa prática é crime no Brasil e precisa ser combatida em todas as unidades da federação. Para o deputado, o preconceito se materializa de diversas formas, e um exemplo seria os ataques contra os povos de terreiro.

Reiterando que a mobilização e luta contra o racismo religioso é um dos compromissos da Frente, Gabriel Magno (PT), signatário do grupo, defendeu a valorização cultural das tradições brasileiras, ao exaltar a importância de sacerdotes, sacerdotisas, babalorixás, ialorixás, pais e mães de santo, dirigentes de terreiros e casas de axé. A unidade dos povos de matrizes africanas foi celebrada pelo deputado Max Maciel (PSOL), que também integra a Frente.

Além de Fábio Felix, Gabriel Magno e Max Maciel, são signatários da Frente Parlamentar, presidida pelo deputado Chico Vigilante (PT), os deputados Ricardo Vale (PT) e Dayse Amarilio (PSB). Ao término da sessão solene, os parlamentares entregaram moções de louvor a adeptos das religiões de matrizes africanas do DF.

O evento contou com diversos representantes e lideranças de religiões de matrizes africanas do DF. Eles, por sua vez, se manifestaram no evento, como foi o caso de Mãe Baiana, que pleiteou o reconhecimento do mapeamento dos terreiros do DF e a criação de um conselho distrital das comunidades tradicionais de matrizes africanas do DF.

Mãe Dora, que também estava presente, protestou contra a higienização das religiões de matrizes africanas, que, como ressaltou, não estão presentes no Plano Piloto, apenas nas periferias. Por sua vez, aproveitando o momento, o ogã Rodrigo pediu políticas públicas efetivas voltadas ao respeito à religiosidade e “ao povo preto de santo”.

A deputada federal Érika Kokay (PT-DF) também compareceu e foi aplaudida pelos presentes no evento pelo Projeto de Lei 1279/22, conhecido como Makota Valdina, que estabelece o marco legal para os direitos dos povos tradicionais de matrizes africanas. “Os tambores nunca foram calados”, afirmou Érika, ressaltando “a força e a resistência” desses povos.

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