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Brasília

Quedas de preços na central de abastecimento são puxadas por frutas

O levantamento ainda mostra que, das cinco frutas pesquisadas, apenas a maçã mostrou variação positiva no Distrito Federal, de 0,10%

Redação Jornal de Brasília

29/09/2023 16h01

Foto: Vitor Mendonça/ Jornal de Brasília

Os preços na Central de Abastecimento (Ceasa) do Distrito Federal apresentaram, em agosto, uma queda expressiva, sendo puxada pelas frutas. Segundo o Boletim do Programa de Modernização do Mercado Hortigranjeiro, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mamão (-9,85%) banana (-8,55%) e laranja (-8,25%) tiveram variação negativa de quase 10% no período. A melancia também baixou de preço, mas em percentual menor (2,85%).

O levantamento, publicado nessa semana pela Conab, ainda mostra que, das cinco frutas pesquisadas, apenas a maçã mostrou variação positiva no Distrito Federal, de 0,10%.

Entre as hortaliças, a cenoura (-7,99%) e a batata (-2,08%) foram os destaques de variação negativa de julho para agosto na capital federal. Diferentemente da tendência nacional, que registrou queda expressiva também em alface, cebola e tomate, na capital federal esses itens tiveram variação positivas: 18% na alface, 10% na cebola e 4,15% no tomate.

Queda nacional

Na média ponderada levando em conta 11 centrais de abastecimento nas cinco regiões do país, alface, batata, cebola, cenoura e tomate registraram movimento de redução nos valores de julho para agosto.

A batata foi a que mais barateou no período, com queda de preços unânime em todas as Ceasas. A média ponderada decresceu 25,35% em relação a julho. O motivo seria a intensificação da safra de inverno, que manteve a oferta em patamares elevados. Pela quarta vez no ano, a quantidade comercializada nas 11 centrais consideradas ultrapassou a marca de 100 mil toneladas, 1,2% acima do total de julho.

A alface também seguiu a lista dos mais acessíveis, apresentando pelo terceiro mês consecutivo a tendência declinante. Em agosto, a média ponderada caiu 19,61% em relação a julho. Já a comercialização subiu 9% no mesmo período. Ressalte-se que em junho e julho a oferta do produto nos mercados atacadistas analisados foi a menor do ano e a recuperação de agosto está ligada às temperaturas mais elevadas em quase todo o país.

A cenoura, cebola e tomate, embora com menores índices, também decresceram na média ponderada em -7,97%, -6,56% e -2,56%, respectivamente. No caso da cenoura, um fator preponderante para a queda unânime de preços foi a boa performance de todas as áreas produtoras, não pressionando a oferta mineira, principal abastecedora das Ceasas.

A cebola também apresentou grande oferta nas Ceasas, o que justificou as cotações menores. Já o tomate, embora também tenha tido declínio, não foi uniforme, em função da variação de oferta local, proporcionando dentro do mês movimento decrescente na primeira quinzena e altista na segunda. As variações de temperatura, atrasando ou acelerando a maturação, explicam os preços oscilantes.

Os dados estatísticos do Boletim Prohort da Conab são levantados nas Centrais de Abastecimento em São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Curitiba (PR), São José (SC), Goiânia (GO), Recife (PE), Fortaleza (CE), Rio Branco (AC) e Brasília (DF).

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