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Brasília

Projeto leva escolas públicas ao espetáculo ‘Chapeuzinho Esfarrapado’

Peça, que será apresentada entre os dias 6 e 16 deste mês, mostra uma jornada de autoconhecimento da protagonista

Redação Jornal de Brasília

05/07/2023 14h14

Na adaptação para o teatro, a narrativa explora o acontecimento nuclear da história, que é a invasão ao castelo de Chapeuzinho e as irmãs, e o transforma na invasão da cozinha da Chapeuzinho, que é o lugar onde ela tem sua construção emocional | Foto: Paula Carrubba/Divulgação

Sete escolas públicas do Distrito Federal vão receber o espetáculo teatral Chapeuzinho Esfarrapado, uma criação premiada da dramaturga carioca Marcia Zanelatto. Dirigida por Camila de Sant’Anna e Lidia Olinto, a peça mostra a jornada da personagem em busca de uma melhor e mais corajosa versão de si mesma.

“É sempre uma felicidade ter parcerias como essa e poder levar para os estudantes da rede pública de ensino do DF o acesso ao entretenimento de qualidade. Muitas vezes lições complexas têm a oportunidade de serem expostas por meio do teatro de uma maneira divertida”Hélvia Paranaguá, secretária de Educação

O projeto é desenvolvido pela Caixa Cultural Brasília e conta com recursos de R$ 70 mil do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). As sessões gratuitas e fechadas para as escolas serão realizadas nos dias 6, 7, 12, 13 e 14 deste mês, enquanto as sessões abertas ao público pagante estão programadas para os dias 8, 9, 15 e 16.

Serão contempladas escolas do Guará, Estrutural, Santa Maria, Samambaia Sul, Núcleo Rural Sobradinho, Ceilândia e Asa Norte. Todas as crianças, alunas das escolas públicas, serão levadas de ônibus até a Caixa Cultural, onde o espetáculo estará sendo exibido.

“É sempre uma felicidade ter parcerias como essa e poder levar para os estudantes da rede pública de ensino do DF o acesso ao entretenimento de qualidade. Muitas vezes lições complexas têm a oportunidade de serem expostas por meio do teatro de uma maneira divertida”, afirmou a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.

Narrativa lúdica

Entre as mitologias de diferentes culturas, a história Chapeuzinho Esfarrapado veio do conto escandinavo Tatterhood and Other Tales,  livro traduzido por Julia Romeu e que traz 25 contos folclóricos com uma pegada feminista.

De acordo com a diretora do espetáculo, Camila de Sant’Anna, a peça é feita a partir de uma pesquisa de lendas e contos com protagonistas femininas fortes e não padronizadas, trazendo mais inclusão e empoderamento para as crianças.

O principal objetivo é proporcionar às crianças um caminho de reflexão onde elas aprendem a se amar e se proteger de relações abusivas, como bullying e machismo. Segundo Sant’Anna, o teatro, por ser uma arte viva, pode trazer uma comunicação mais presente em meio ao excesso de tela que as crianças são expostas nos dias atuais.

“A gente sabe das muitas situações de bullying nas escolas, além de sermos o quinto país do mundo em número de casos de violência contra a mulher. A educação da igualdade de gênero deve ser feita na infância, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). A gente precisa equilibrar isso de uma forma saudável”Camila de Sant’Anna, diretora do espetáculo

“A gente sabe das muitas situações de bullying nas escolas, além de sermos o quinto país do mundo em número de casos de violência contra a mulher. A educação da igualdade de gênero deve ser feita na infância, de acordo com a Organização das Nações Unidas [ONU]. A gente precisa equilibrar isso de uma forma saudável”, destaca a diretora do espetáculo.

Na adaptação para o teatro, a narrativa explora o acontecimento nuclear da história, que é a invasão ao castelo de Chapeuzinho e das irmãs, e o transforma na invasão da cozinha da Chapeuzinho, que é o lugar onde ela tem sua construção emocional.

A dramaturgia utilizada é não linear, por não seguir o padrão de começo, meio e fim, visto que a protagonista vive cinco situações que se repetem na vida dela.

Durante a narrativa, a personagem cozinha com suas emoções, fazendo receitas com os sentimentos, usando metáforas. “É como se fosse uma alquimia dos sentimentos”, pontua Camila, lembrando que há também uma estética no cenário e nos figurinos que bebe muito da brasilidade, pensada pela cenógrafa Maria Villar.

Serviço

Durante a semana, as apresentações são fechadas para as escolas públicas. Já no fim de semana, a peça é apresentada para o público pagante, também no teatro da Caixa Cultural. Confira abaixo os horários.
Sessões gratuitas e fechadas para escolas no mês de julho
? Quinta-feira (6): 14h30
? Sexta feira (7): 9h30 e 14h30
? Quarta-feira (12): 9h30
? Quinta-feira (13): 9h30 e 14h30
? Sexta-feira (14): 9h30 e 14h30

Sessões abertas ao público, com bilheteria: 8, 9, 15 e 16 de julho, sempre às 16h, no Teatro da Caixa Cultural
Para mais informações, é só acessar a página do projeto no Instagram.

Com informações da Agência Brasília

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