Policiais militares aguardam o posicionamento do Governo de Brasília acerca do reajuste salarial da categoria, neste ano. Os militares afirmam ter entregue, em maio, proposta ao comandante-geral da PMDF, Coronel Marcos Antônio Nunes de Oliveira, a qual também beneficia o Corpo de Bombeiros. Eles esperam que sejam dados os mesmos percentuais oferecidos à Polícia Civil.
“Aqui no Distrito Federal não foram tratados os interesses do seguimento de segurança pública. Não teve abertura de diálogo por parte do governo. É um silêncio ensurdecedor”, lamenta o Coronel Brambilla. Segundo ele, apesar da preocupação, a chamada operação tartaruga é descartada. “Vamos continuar trabalhando normalmente e seguir na cobrança. Vamos dialogar”, afirma.
Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que o incremento de auxílio moradia para policiais militares e bombeiros está previsto para outubro. “Em 2015, aumentos foram concedidos para dez carreiras ligadas ao Executivo local, entre elas, policiais militares, delegados de polícia, policiais civis e bombeiros militares”, afirma.
Coletes vencidos
Em maio, o Jornal de Brasília informou sobre o vencimento de um lote de coletes à prova de balas dos policiais militares. Na ocasião, os servidores lançaram a campanha “Não sairemos para as ruas com coletes vencidos”, como forma de protesto. Um PM, que não quis se identificar, relativiza a situação. “Estamos nessas condições, mas é melhor vencido que sem colete”, diz.
A PM informou que vem realizando testes para a aquisição de novos coletes desde o ano passado. No entanto, a empresa vencedora da licitação foi reprovada durante dois testes – um na Polícia Militar do Estado de São Paulo e outro nas instalações do Exército Brasileiro. A corporação ressalta que busca demais empresas para a prestação do serviço.
Leia a nota da Polícia Militar
Diante dos fatos apresentados a Polícia Militar do Distrito Federal esclarece ainda que:
– A PMDF não abre mão da segurança dos seus profissionais;
– Era desejo da instituição que houvesse sucesso na aquisição do material de proteção a tempo de fazer a necessária substituição;
– Pela primeira vez há notícia de que uma empresa devidamente certificada a vender coletes balísticos, tenha suas amostras reprovadas em testes;
– A Polícia Militar está preocupada em acelerar ao máximo o processo de aquisição, contudo não pode descumprir prazos previstos nas leis licitatórias;
– Os policiais não ficarão sem o uso de coletes, pois há aproximadamente 2.300 peças com vencimentos entre 2017 e 2019;
– Todos os policiais que hoje utilizam seus coletes individualmente, devem dirigir-se a suas unidades de trabalho e restituir as placas balísticas ainda dentro da validade, de maneira que possamos temporariamente realizar o rodízio desse material entre os colegas que estiverem entrando de serviço;
– O processo de compra continuará em andamento e, no menor espaço de tempo possível, faremos com que todos os policiais militares voltem a ter o seu equipamento utilizado de forma individual.