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Brasília

Polícia Civil investiga sabotagem nos hospitais do DF

Corpo colocado em saco de lixo e desligamento de disjuntor de energia de hospital estão na mira da investigação

Catarina Lima

15/04/2021 21h23

Foto: Renato Alves/ Agência Brasília

Em entrevista coletiva na tarde desta quinta (15), o secretário de Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto, e o chefe da Casa Civil do GDF, Gustavo Rocha, disseram que estão sendo investigadas tentativas de sabotagem do trabalho nos hospitais da rede pública. O governo solicitou à Polícia Civil a abertura de inquérito para apurar fatos como o ocorrido no Hospital de Campanha de Santa Maria, no qual um corpo de vítima de covid-19 foi enrolado em sacos de lixo e fotografado e o desligamento do disjuntor de energia no Hospital de Planaltina. “Felizmente não aconteceu nada, a energia foi religada logo, mas poderia ter ocorrido algo grave”, advertiu Okumoto.

Segundo o secretário de Saúde, durante o curto período de tempo em que a energia ficou desligada, filmagens foram feitas do hospital às escuras e enviadas à imprensa. “A investigação está sendo feita e os responsáveis serão punidos”, frisou.

Quanto ao corpo da vítima de covid enrolada em sacos de lixo, o chefe da Casa Civil criticou: “Não consigo entender como alguém pega o corpo de um ente querido de uma pessoa, coloca num saco de lixo e outra pessoa fotografa”.

Vacinação

A coletiva também serviu para que o GDF falasse da retomada da vacinação contra covid, a partir de hoje. Terá início a imunização de pessoas de 64 e 65 anos, além de ser dada continuidade à vacinação de trabalhadores da saúde, das forças de segurança e a aplicação da segunda dose de quem já tomou a primeira. Serão destinadas 41.395 doses para a primeira dose dos idosos. O DF deverá receber 80 mil doses, 72,8 mil serão usadas na vacinação e o restante ficará como reserva técnica. Serão montados 13 pontos de vacinação, presenciais, mistos (presenciais e drive thru) e apenas drive thru.

Chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha durante entrevista coletiva no palácio do Buriti. Foto: Renato Alves/ Agência Brasília

O chefe da Casa Civil preferiu não fixar uma data para o início da vacinação dos professores e nem dos portadores de comorbidades. “Não é possível precisar uma data”. Segundo Rocha, tudo vai depender do quantitativo de doses que serão enviadas pelo Ministério da Saúde, assim como do cronograma de prioridades a ser estabelecido pelo órgão.

Gustavo Rocha disse que com apelo feito para que as pessoas compareçam aos postos de vacinação para tomar a segunda dose, aumentou a cobertura vacinal neste grupo. Até agora o DF já vacinou 33.485 pessoas com a primeira dose e 15.798 retornaram para receber o reforço, o que representa 47,17% do total.

Rocha enfatizou que os três hospitais de campanha que estão em construção devem entrar em funcionamento ainda em abril. “Toda a equipe do governo e, em especial o governador Ibaneis Rocha, está imbuída para que estes hospitais entre em funcionamento o mais rápido possível”, destacou.

Enquanto os hospitais de campanha não são inaugurados, a SES está usando toda força de trabalho disponível para que não falte atendimento e não caia a qualidade do serviço prestado. Profissionais de policlínicas estão sendo remanejados para covid, assim como os médicos aposentados foram convidados a retornar ao serviço. O governo do DF também está destinando R$ 300 milhões para a contratação de pessoal.

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