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Brasília

Pesquisa mostra a influência de unidades de conservação no valor de imóveis

Trabalho foi apresentado na primeira edição do projeto Compartilhando Saberes de 2024, do Instituto Brasília Ambiental

Redação Jornal de Brasília

23/02/2024 17h47

Foto: Divulgação/Brasília Ambiental

Determinar a influência que unidades de conservação (UCs) causam no preço de imóveis no Distrito Federal. Esse foi o objetivo do trabalho apresentado, nesta sexta-feira (23), pelo YouTube do Instituto Brasília Ambiental, durante a primeira edição do Ciclo de Palestras Compartilhando Saberes de 2024.

O trabalho Análise de influência da distância à Unidade de Conservação no Distrito Federal foi desenvolvido pela agente de UC da autarquia Ana Paula Camelo e apresentado na 4th International ESP Latin America and Caribbean Conference, em La Serene, no Chile. A pesquisadora é engenheira florestal, mestre em Ciências Florestais (Conservação da Natureza) e Doutora em Ciências Florestais (Manejo Florestal).

Para realizar a pesquisa, a servidora delimitou a região de Águas Claras, que possui 81% de área urbanizada e uma UC, o Parque Ecológico Águas Claras. Para a pesquisa, foram analisados imóveis publicados no site WImóveis, resultando em um banco de dados com 3.111 imóveis na região.

Segundo a pesquisadora, o estudo mostrou que há correlação entre a distância para o Parque Ecológico e o valor dos imóveis e seu tamanho. “Percebemos que todos os imóveis situados até 200 metros de distância da UC estão, em média, 12% acima do valor de mercado. Outra coisa que a gente observa, é que o imóvel, a cada 100 metros de distância da UC, sofre uma depreciação de aproximadamente 55%”, explicou Ana Paula Camelo. A pesquisa também descobriu que os maiores e mais caros imóveis da região ficam mais próximos da área ambiental, enquanto os menores e mais baratos ficam mais distantes.

“Percebemos que para essa população de Águas Claras é muito importante ter essa proximidade com a unidade de conservação. A valorização que a comunidade dá para aquele local é muito grande, por se a única área ambiental da região”, concluiu a pesquisadora.

Como recomendação, Ana Paula Camelo entende que deve ser priorizado o serviço ambiental cultural no planejamento urbano e que devem ser incorporados espaços verdes em todas as cidades, para mitigar o risco de gentrificação (processo de transformação de áreas urbanas que leva ao encarecimento do custo de vida e aprofunda a segregação socioespacial nas cidades) verde.

Compartilhando Saberes é uma iniciativa da Comissão Permanente de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) do Brasília Ambiental para incentivar a troca de conhecimento entre os servidores e favorecer a integração com a sociedade.

O projeto compartilha os trabalhos dos servidores que tiveram usufruto do afastamento para participar de programa de pós-graduação stricto senso, conforme o artigo 161 da Lei Complementar 840/2011, e de outros tipos de trabalhos, além dos acadêmicos.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Agência Brasília

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