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Pdad Ampliada: pesquisa concentra atuação na região central do DF

O coordenador de Pesquisas Socioeconômicas do IPEDF, Jusçanio Souza, destaca que a previsão é que a coleta dos dados continue até o final de junho

Redação Jornal de Brasília

01/05/2024 19h32

A Pdad-A é a atualização da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) e compreende, além da área urbana, a área rural do DF e os municípios de Goiás que integram o Entorno | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

A região central do Distrito Federal tem sido foco na coleta de dados para a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios Ampliada (Pdad-A), feita pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF). As visitas aos domicílios continuaram mesmo neste feriado do Dia do Trabalhador.

Os agentes de coleta contratados pelo IPEDF estão indo de porta em porta nas regiões administrativas do Plano Piloto, Sudoeste, Lago Sul e Lago Norte, que, segundo o instituto, são as localidades com menor índice de aplicação dos questionários. A PDAD tem como meta visitar 25 mil domicílios das 35 regiões administrativas (RAs) do DF, incluindo Água Quente e Arapoanga, e de 12 municípios goianos vizinhos.

O coordenador de Pesquisas Socioeconômicas do IPEDF, Jusçanio Souza, destaca que a previsão é que a coleta dos dados continue até o final de junho. “Mais de 70% dos dados já foram coletados e, nessa última etapa, estamos atuando nas áreas onde temos maior recusa, que são nas regiões do Plano Piloto, Sudoeste, Noroeste e nos lagos Sul e Norte, que historicamente são áreas em que temos um índice maior de rejeição à pesquisa”, diz. O levantamento começou em novembro de 2023.

Na tarde desta quarta-feira (1º), a agente de coleta Juliana Santos, que atua aplicando a pesquisa desde janeiro e já atuou em outros levantamentos estatísticos, sentiu na pele as dificuldades em realizar a pesquisa nas quadras 700 da Asa Norte. “Minha maior dificuldade é ser atendida pelos moradores. É um levantamento importante, mas muitos moradores nem vêm à porta. Geralmente, aqueles com quem consigo falar, conscientizo sobre a importância de participar”, relata.

Uma das pessoas que aceitou ser entrevistada foi o servidor público federal João Rodrigues, de 64 anos. “Toda e qualquer pesquisa para mim é importante, desde que o objetivo esteja relacionado às atribuições e obrigações que o governo tem com a sociedade, com a cidade, e identifique as necessidades básicas que a cidade carece, como, por exemplo, infraestrutura, e que sirva como base para as políticas públicas”, acredita.

A engenheira Talita Dornelas, de 38 anos, também participou do levantamento e destacou a amplitude do questionamento. “Achei a pesquisa bem ampla, aborda muitos aspectos da vida do cidadão e acredito que será útil para direcionar os programas de governo, identificar onde é preciso maior atuação e que tipo de políticas são necessárias para cada localidade. Pelo questionário, acredito que criará uma imagem de como é o DF como um todo”, salienta.

Jusçanio Souza enfatiza ainda que é essencial que a população conheça os benefícios da pesquisa. Segundo ele, para alcançar uma amostra quantitativa da região, é preciso que um determinado número de moradores e domicílios de cada região responda ao questionário. “Apelamos para a sensibilidade dos moradores para que participem da pesquisa, pois a recusa da população prejudica o processo. Os agentes estão identificados, com coletes, crachás e até mesmo um código de barras que permite confirmar os dados do pesquisador do IPEDF, e, se o morador quiser, pode também ligar para o instituto para verificar essas informações”, diz.

Todos os pesquisadores são identificados com o símbolo do Governo do Distrito Federal (GDF) e da empresa contratada para o levantamento. O uniforme é composto por colete, boné, camisa e crachá com QR Code. Esse código dá acesso à plataforma Valida Pesquisador e automaticamente mostra foto, nome, matrícula, empresa e pesquisa à qual o agente está associado. Caso essas informações não apareçam, o pesquisador não é validado pelo IPEDF.

Alcance ampliado

A Pdad-A é a atualização da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) e compreende, além da área urbana, a área rural do DF e os municípios de Goiás que integram o Entorno, somando as localidades anteriormente abrangidas pela PDAD Rural e a Pesquisa Metropolitana por Amostra de Domicílios (PMAD).

Os dados obtidos serão utilizados pelos gestores públicos na elaboração e implementação de políticas adequadas às necessidades da população, além de investimentos mais efetivos. “Já realizamos sete edições da PDAD e isso nos possibilita conhecer e acompanhar o perfil socioeconômico do DF. É um estudo que, de fato, possibilita subsidiar ações de governo e políticas públicas, assim como identificar carências das regiões, o crescimento e envelhecimento populacional e saber se as RAs estão crescendo ou diminuindo”, ressalta o coordenador do IPEDF.

Além da região central, os agentes de coleta seguem entrevistando moradores de 17 regiões administrativas: Águas Claras, Arapoanga, Arniqueira, Brazlândia, Cruzeiro, Gama, Guará, Jardim Botânico, Plano Piloto, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Samambaia, São Sebastião, Sobradinho, Sobradinho II, Sol Nascente/Pôr do Sol e Vicente Pires. Em Goiás, a coleta está sendo realizada em Alexânia, Cidade Ocidental, Cocalzinho, Luziânia, Padre Bernardo, Planaltina e Valparaíso.

Os detalhes da Pdad-A 2023 estão disponíveis para a população neste site. É possível verificar a matrícula do pesquisador, fazer sugestões ou críticas, além de entender os principais pontos do levantamento.

*Com informações de Josiane Borges, da Agência Brasília

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