A 4ª Delegacia de Polícia (Guará) prendeu, na manhã desta terça-feira (4), dois suspeitos de cometerem assassinato brutal contra Anderson Rocha Alves (foto em destaque), 35 anos. Anderson morreu no dia 19 de junho após ser torturado e atingido com um tiro no rosto.
Após matá-lo, o grupo teria queimado o cadáver, esquartejado e jogado em tubulações de esgoto. O caso só veio à tona no dia 23 de junho, quando partes do corpo foram encontradas na estação de tratamento de esgoto da Caesb da Asa Sul. Em seguida, a PCDF iniciou o trabalho de identificação do cadáver, até descobrir que se tratava de Anderson. Àquela altura, para a família, Anderson estava apenas desaparecido.
De acordo com as investigações, Anderson teria comprado porções de crack com o grupo usando notas de dinheiro falsas, e os acusados teriam cometido o crime para “dar exemplo”.
Tráfico de drogas
O grupo acusado de matar Anderson também é investigado por tráfico de drogas. Segundo a PCDF, o líder da organização é Carlos Alberto Lacerda Alves. Conhecido como Mancha, ele seria o responsável pelo tráfico na região conhecida como Biqueira, uma área de mata situada nas proximidades da QI 09 do Guará.
Além das duas prisões preventivas, os policiais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão e ainda procuram por outros três acusados. A operação foi batizada de Desmancha.
Os membros do grupo poderão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, porte ilegal de armas de fogo, tortura, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Somadas, as penas alcançam cerca de 70 anos anos de prisão.