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Brasília

PCDF pede prisão preventiva de PM envolvido em agiotagem

A PCDF cumpriu na data sete mandatos de prisão temporária e 15 de busca e apreensão em Vicente Pires, Taguatinga e São Paulo

Redação Jornal de Brasília

18/11/2021 18h14

Foto: Divulgação / PMDF

Geovanna Bispo e Willian Matos
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) pediu, na tarde desta quinta-feira (18), a prisão preventiva do sargento da Polícia Militar do DF (PMDF) Ronie Peter Fernandes da Silva, apontado como líder de um esquema de agiotagem.

“O pedido visa preservar a vida e a integridade física dos endividados e garantir a eficaz instrução, evitando o desaparecimento de bens dados como garantia e bens que serão objeto de medidas judiciais”, diz o documento.

Além de Ronie, seu irmão, Tiago Fernandes da Silva, também foi preso na última terça-feira (16). A PCDF cumpriu na data sete mandatos de prisão temporária e 15 de busca e apreensão em Vicente Pires, Taguatinga e São Paulo.

Entenda o caso

Segundo as investigações, o bando emprestava dinheiro e cobrava juros exorbitantes. Os autores chegavam a tomar veículos e imóveis de quem não pagava o empréstimo.

O dinheiro oriundo da agiotagem era ocultado por meio de empresas de fachada e da compra de carros de luxo registrados em nome de “laranjas”. Nos últimos dois anos, o grupo criminoso comprou oito veículos da marca Porsche e movimentou mais de R$ 8 milhões em sete contas bancárias. As contas e alguns dos automóveis foram apreendidos na operação de hoje da PCDF, batizada de “SOS Malibu”.

Ronie Peter levava vida de luxo graças à prática criminosa. Veja imagens:

O grupo se organizava da seguinte forma: Ronie e Tiago eram os chefes, que emprestavam os valores e cobravam os endividados; outros cinco membros sacavam e transferiam o dinheiro para as contas de fachada e cediam seus nomes para o registro dos veículos de luxo, que ficavam com Ronie.

A PCDF constatou ainda que o bando fazia saques milionários. Agentes acompanharam duas destas operações em agências bancárias do DF e, em uma delas, integrantes do grupo sacaram R$ 800 mil de uma vez. Na outra ocasião, foram sacados R$ 530 mil.

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