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Brasília

PCDF, PCSP e PF desarticulam esquema que faturou R$ 18 milhões em fraudes

O objetivo é a desarticulação de esquemas criminosos organizados voltados para a prática de fraudes em contas eletrônicas

Redação Jornal de Brasília

02/08/2022 8h43

Foto: PCDF/Divulgação

Na manhã desta terça-feira, 02, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em conjunto com a Polícia Civil de São Paulo (PCSP) participam da Operação Não Seja Um Laranja deflagrada pela Polícia Federal (PF). O objetivo é a desarticulação de esquemas criminosos organizados voltados para a prática de fraudes em contas eletrônicas mantidas em diversas instituições bancárias do País.

Os investigadores cumprem 43 mandados de busca e apreensão em 13 estados e no Distrito Federal. O montante de fraudes bancárias eletrônicas investigadas totaliza R$ 18.158.221,90.

No Distrito Federal, quatro equipes do Departamento de Polícia Especializada da PCDF, compostas por 28 Policiais Civis e 04 Policiais Federais, cumpriram quatro mandados de busca e apreensão nas regiões de Vicente Pires, Jardim Mangueiral, Gama e Recanto das Emas.

Os mandados foram cumpridos nas residências de investigados que participaram de fraudes bancárias realizadas ao nível nacional, emprestando suas contas para o recebimento de quantia aproximada de R$ 300.000,00.

A quantia foi subtraída de contas bancárias pertencentes a pessoas físicas residentes nos Estados de Minas Gerais, Recife.

Durante as buscas realizadas nesta terça-feira, 02, foram apreendidos diversos cartões bancários, documentos bancários, aparelhos celulares e computadores.

A operação no DF foi coordenada pela DRCC, contando com polícias da Corf, Cord e Corpatri.

Operação

A ação é resultado de mais uma iniciativa da Força-Tarefa Tentáculos, instituída pela Polícia Federal para a repressão a fraudes bancárias eletrônicas, a qual envolve esforço cooperativo e integração com as Polícias Civis e as instituições bancárias, por meio da Febraban. A operação obteve o apoio operacional da Unidade Especial de Investigação a Crimes Cibernéticos.

Nos últimos anos, a Polícia Federal detectou um aumento considerável da participação consciente de pessoas físicas em esquemas criminosos, para os quais “emprestam” suas contas bancárias, mediante pagamento. Este “lucro fácil”, com a cessão das contas para receber transações fraudulentas, possibilita a ocorrência de fraudes bancárias eletrônicas que vitimam uma infinidade de cidadãos. Tais pessoas são conhecidas, no jargão policial, como “Laranjas”.

A Polícia Federal alerta a sociedade que emprestar contas bancárias para receber créditos fraudulentos é crime, além de provocar um dano considerável aos cidadãos, quer pelo potencial ofensivo deste tipo de conduta delitiva, a qual é um dos principais vetores de financiamento de organizações criminosas, como também pelos prejuízos financeiros e emocionais a milhares de brasileiros.

Os delitos apurados da operação são associação criminosa, furto qualificado mediante fraude, uso de documento falso e falsidade ideológica, cujas penas podem somar mais de 20 anos de prisão.

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