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Brasília

PCDF faz nova operação contra o “golpe do motoboy” e prende membros do PCC

Após reportagem do JBr, corporação realiza operação contra a facção criminosa

Willian Matos

07/10/2021 8h45

policia civil pcdf

Foto: Divulgação

Vários bancos já estão mandando por e-mail informações sobre esses tipos de golpe. As empresas não pedem senhas por telefone ou links enviados por SMS ou WhatsApp. Também não é comum que as instituições financeiras mandem entregadores até a casa dos clientes. Toda e qualquer movimentação bancária desse tipo deve ser comunicada diretamente ao banco. 

A Polícia Civil (PCDF) realizou nesta quinta-feira (7) nova operação contra o chamado “golpe do motoboy” (saiba mais ao fim da matéria). A corporação desarticulou uma organização criminosa responsável por este tipo de crime. Os quatro líderes do bando eram vinculados à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

A operação foi deflagrada após reportagem do Jornal de Brasília que mostrou as ações do PCC para se estabelecer na capital federal e o trabalho da PCDF para impedir tal ação. Agentes cumprem hoje 17 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão. As ordens foram expedidas pela 1ª Vara Criminal de Planaltina. Os policiais do DF contaram com o apoio da Polícia Civil de São Paulo (PCESP).

Segundo as investigações, os líderes do grupo criminoso administravam a central telefônica que gerava ligações para pessoas idosas com o objetivo de recolher das vítimas seus cartões bancários e as respectivas senhas. Três dos quatro comandantes do bando já foram presos; um está foragido.

O delegado-chefe da 31ª DP, Fabrício Augusto Paiva, fala mais sobre a operação:

Como é realizado o golpe do motoboy

O golpe do motoboy funciona da seguinte forma: uma ligação é feita para uma vítima para confirmar “movimentações suspeitas” em conta corrente ou cartão de crédito; em seguida, o criminoso, que se passa por atendente de banco, pede que o cliente ligue para os números de telefone disponíveis no verso do cartão; a chamada é desviada para uma central falsa, que solicita a digitação das senhas e o corte dos cartões ao meio; para concluir o golpe, a central falsa oferece o serviço de motoboy para pegar os cartões na casa da vítima.

A prática existe desde antes da pandemia, mas cresceu neste período. A sofisticação é tamanha que criminosos usam até mesmo softwares para simular músicas de espera de bancos e som ambiente de call center, além de conseguirem reter a linha telefônica das vítimas.

Vários bancos já estão mandando por e-mail informações sobre esses tipos de golpe. As empresas não pedem senhas por telefone ou links enviados por SMS ou WhatsApp. Também não é comum que as instituições financeiras mandem entregadores até a casa dos clientes. Toda e qualquer movimentação bancária desse tipo deve ser comunicada diretamente ao banco.

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