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Brasília

PCDF desarticula esquema de sonegação fiscal de empresas de filmagens

Para realizar as fraudes, os empresários utilizavam empresas fictícias para a emissão de notas fiscais irregulares e circulação oriundos de ilícitos fiscais

Redação Jornal de Brasília

20/10/2023 13h11

Foto: Agência Brasil

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nesta sexta-feira (20), a Operação Efeito Macro, que investiga um esquema de sonegação fiscal de empresas especializadas em equipamentos de filmagens, fotografias e drones. Somadas, as dívidas do grupo empresarial seriam superiores a R$ 12 milhões.

Segundo a corporação, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao grupo em Águas Claras, Itapoã e na Feira dos Importados do SIA. Nos locais, foram encontrados cerca de R$ 80 mil. Para realizar as fraudes, os empresários utilizavam empresas fictícias para a emissão de notas fiscais irregulares e circulação oriundos de ilícitos fiscais.

Ainda de acordo com as investigações, as empresas do grupo eram registradas em nome de terceiros, incluindo funcionários e familiares, que não apresentam padrões de vida condizentes com os valores movimentados.

As empresas “fantasmas” eram utilizadas para proteger o verdadeiro dono do grupo empresarial, que se beneficiava do esquema. A fraude ocorria há cerca de 10 anos na capital.

Nos últimos quatro anos, segundo a PCDF, houve registros de diversas movimentações suspeitas, com depósitos de, aproximadamente, R$ 2,5 milhões em contas pessoas de um dos líderes do grupo, em intervalos de 30 dias. Esses valores eram fracionados e transferidos para contas de terceiros, dificultando a rastreabilidade dos fundos.

Ao sonegar impostos, as empresas fictícias, registradas em nome de “laranjas”, acumulavam enormes dívidas fiscais. Contudo, a cobrança se tornava inviável, pois era direcionada a indivíduos sem capacidade financeira para quitar tais dívidas. Paralelamente, a empresa real operava de maneira aparentemente regular perante a Receita Federal, embasada nesse esquema.

Os suspeitos são investigados pelos crimes de Organização Criminosa, Lavagem de Dinheiro, Sonegação Fiscal e Falsidade Ideológica. As penalidades, em caso de condenação, podem somar até 27 anos de reclusão.

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