A Polícia Civil do DF (PCDF) abriu uma sindicância para apurar o caso do helicóptero com 300 quilos de cocaína que caiu em Poconé-MT no último fim de semana. A aeronave pertence ao papiloscopista Ronney José Barbosa Sampaio. A corregedoria da corporação quer apurar se Ronney transgrediu alguma norma disciplinar no episódio.
Ronney possui cinco aeronaves, contando com esta que foi encontrada no Mato Grosso, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A corregedoria da PCDF admite que a quantidade de helicópteros no nome do papiloscopista “causa espanto”.
“A informação preliminar, de pessoas próximas é que ele estaria adquirindo aeronaves precárias, reformava e não transferia. Isso causa suspeita”, explicou o corregedor da Polícia Civil do DF, Adval Cardoso. “O nosso dever é esclarecer e ele tem todo direito de se defender, dentro da lei. O que existe são suspeitas e não podemos permanecer a dúvida”, completou.
MPDFT também age
Na última terça (3), o Ministério Público (MPDFT) abriu investigação para também apurar o caso. O órgão quer saber se Ronney tem ligação com a droga encontrada. O helicóptero foi encontrado pela Polícia Federal, que apura suposta situação de tráfico internacional de drogas.
A droga, que pesou 278,5 kg, avaliada em quase R$ 7 milhões, estava acondicionada em malotes que ficaram espalhados ao redor do aparelho acidentado. Na queda, o helicóptero tombou. Agentes da PF, com apoio da Polícia Militar do Mato Grosso, vasculharam um raio de 10 km e não encontraram o piloto do helicóptero ou outros suspeitos do tráfico. Também não foram achados vestígios de pessoas feridas.