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Brasília

Número de brasilienses sem plano de saúde aumenta

Apenas 32,5% da população da capital utiliza o serviço de plano de saúde, isso representa cerca de 970 mil pessoas

Geovanna Bispo

09/05/2022 11h16

Foto: Agência Brasil

Entre 2018 e 2021, o número de brasilienses sem plano de saúde aumentou 4,3%, segundo a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD), da Codeplan (Companhia de Planejamento do Distrito Federal).

Uma possível explicação para essa diminuição é que, com o agravamento da crise econômica mundial influenciada pela pandemia de covid-19 e, agora, pela guerra entre a Ucrânia e a Rússia, ter um plano de saúde se tornou, ainda mais, um luxo.

Conforme o estudo, divulgado nesta segunda-feira (09), atualmente, apenas 32,5% da população da capital utiliza esse serviço, isso representa cerca de 970 mil pessoas. Ainda que não discriminado na análise, muitas pessoas migraram para serviços mais baratos.

Uma dessas pessoas é Juliete Oliveira, de 44 anos, que, ano passado, precisou trocar de plano. “Eu era de um plano de saúde que se tornou muito caro para mim e precisei trocar. Meu irmão usava outro mais acessível e, quando fiz o orçamento, vi que ele ficava R$ 400 mais barato”, explica a estudante.

Na época, Juliete pagava R$ 1.200 no plano de saúde e no novo passou a pagar R$ 800 pelos mesmos serviços. Porém, como o valor do serviço se baseia na idade do usuário, hoje ela entrou em um novo grupo do plano e voltou a pagar R$ 1.200. “Já estou pensando em outras alternativas”, finaliza.

O que já estava alto, na última semana, aumentou ainda mais. Na última terça-feira (03), as operadoras de planos de saúde anunciaram reajustes de valores em 15%. A justificativa das empresas foram os gastos médico-hospitalar recorde após diversas pessoas, assustadas com a pandemia, decidirem suspender consultas, exames e cirurgias eletivas e os gastos das operadoras despencarem. Quando os casos e óbitos por coronavírus se tornaram controlados, os clientes voltaram a utilizar os serviços de uma vez.

Saúde pública

Outro ponto analisado pela pesquisa é a utilização da saúde pública da capital. Segundo a Codeplan, em 2021, 1,6 milhão de brasilienses buscaram o serviço público para tratar doenças, se vacinar, fazer exames e consultas de prevenção ou buscar ajuda por acidentes e lesões.

Ao contrário do esperado, o número de atendimentos no Plano Piloto (19,4%) foi maior que em outras cidades. Ou seja, parte da população deixava suas Regiões Administrativas (RAs) para buscar atendimento no Plano.

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