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Brasília

Mulheres que tiverem perda gestacional terão atendimento psicossocial nas redes pública e privada de saúde no DF

Na busca por ferramentas que amenizem essa realidade, o deputado distrital Eduardo Pedrosa (União Brasil) apresentou e aprovou o Projeto de Lei nº 2.775/2022

Redação Jornal de Brasília

07/12/2022 19h52

Foto: Agência Brasil

A morte do filho é uma dor inimaginável para qualquer pessoa. Mas quando essa perda ocorre durante o período de gestação ou imediatamente após o parto, o luto da mulher é frequentemente invisibilizado pela sociedade. As consequências para a mãe e a família, são inimagináveis. Na busca por ferramentas que amenizem essa realidade, o deputado distrital Eduardo Pedrosa (União Brasil) apresentou e aprovou o Projeto de Lei nº 2.775/2022, que prevê o atendimento psicossocial para mulheres que sofrem perdas gestacionais precoces nas unidades de saúde das redes pública e privada do Distrito Federal.

A perda gestacional é a complicação mais comum da gestação. Cerca de 20% das gravidezes clinicamente diagnosticadas evoluem para interrupção espontânea e não está associada somente a morbidade física ou alta mortalidade, mas com repercussões sociais e psicológicas importantes à família. “É um momento delicado para a mulher. Ela perde também a idealização da progressão da gestação do seu filho”, acrescenta.

O luto

O acolhimento especializado às mães em luto deve ocorrer em qualquer situação que resultar em óbito perinatal, fetal, morte neonatal e ainda nos casos de interrupção médica da gestação legalmente autorizada. “A assistência em caso de perda fetal ainda não recebe a atenção prioritária das ações de saúde”, ressalta Pedrosa.

Especialistas apontam que a perda do bebê, durante a gestação, provoca na mulher inúmeras reações dolorosas, que envolvem aspectos ligados à própria identidade dela, valores sociais, costumes, dúvidas sobre a capacidade de gestar, comprometem expectativas para o futuro, especialmente quando a gravidez é planejada.
Eduardo Pedrosa defende que o acompanhamento psicossocial deverá ajudar as mulheres a enfrentarem o luto, frequentemente invisibilizado pela sociedade. “Essa realidade causa ainda mais danos emocionais e até físicos, pois, muitas vezes, ela precisa passar por cirurgia para retirada do feto”, finaliza o autor da proposta. O texto foi aprovado em dois turnos e precisa ser sancionado pelo Executivo para entrar em vigor.

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