Amanda Karolyne e Tereza Neuberger
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A mulher suspeita de ajudar o pedófilo Daniel Moraes Bittar a sequestrar uma criança de apenas 12 anos, foi identificada e presa pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) em ação conjunta com a Polícia Militar do estado de Goiás (PMGO), na manhã desta quinta-feira (29), na Cidade Ocidental (GO), região do Entorno do Distrito Federal. A informação foi confirmada pelo major Chiericato, da PMGO, que também atuou na prisão do criminoso.
Segundo as investigações, a Gesiely de Sousa Vieira, 23 anos, seria namorada de Bittar e teria o ajudado no momento do sequestro. Após o agressor render a vítima utilizando uma faca, a suspeita colocou um pano com clorofórmio para dopá-la, de acordo com relatos da criança. O criminoso foi localizado e preso nesta manhã.
De acordo com o tenente-coronel Arantes, da PMGO, a comparsa de Daniel alegou ter sido ameaçada com uma arma de choque. “Mas com o depoimento dela, existem várias contradições”, reflete. Ele questiona inclusive, se ela era vítima, já que, após ter sido liberada, como afirma, ela não procurou as autoridades. “Até porque ele é conhecido dela, que tem um relacionamento amoroso com ele por dois anos, em que ele faz repasse de dinheiro para ela”, frisa o policial.
O crime
Segundo o delegado da 5ª Delegacia Regional de Polícia de Goiânia, Rafael Abrão, a adolescente estava saindo de uma escola no Jardim Ingá, por volta das 12h30, quando foi sequestrada pelo casal. “Provavelmente usaram clorofórmio, ela desmaiou, a colocaram dentro de uma mala colocada em um veículo. E o rapaz seguiu com ela para o Distrito Federal”.
No DF, o suspeito levou a vítima para um apartamento na quadra 411 da Asa Norte, onde ele abusou sexualmente da menina. “E onde provavelmente a mataria”, destacou Rafael. De acordo com as investigações da Polícia Civil do DF e PCGO, ela foi um alvo aleatório. “Ele estava escolhendo a vítima mais vulnerável, aquela criança saindo da escola desacompanhada dos pais, sozinha e sem a presença de dos amigos”. Eles passaram pelo menos três horas monitorando potenciais vítimas.
Ainda segundo Arantes, foi por meio do relato de dois adolescentes que testemunharam o sequestro que a polícia conseguiu chegar até o criminoso. “A criança estava com os pés algemados, deitada na cama, e ela nos informou que tinha sido violentada, e teve um pano colocado no rosto”, conta o policial.
Durante a busca no local, os militares encontraram máquinas de choque, câmeras fotográficas, objetos sexuais e materiais pornográficos. Existe a suspeita de que o agressor tenha filmado o estupro, por isso os equipamentos eletrônicos foram apreendidos e passarão por perícia.
Passagens pela polícia
Segundo as corporações, Daniel tem passagens na polícia por agressões, desacato e desobediência e Gesiely por estelionato. As investigações vão prosseguir com a PCDF, que está encarregada do inquérito policial.