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Brasília

MPDFT pede investigação à PMDF sobre cachorro executado com tiro

O animal foi morto quando os policiais realizavam buscas na casa de uma mulher para procurar um suspeito de tráfico de drogas que havia fugido

Redação Jornal de Brasília

10/11/2023 18h05

Foto: Reprodução

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) requisitou, nesta sexta-feira (10), à Corregedoria-Geral da Polícia Militar (PMDF) a instauração de um inquérito policial para investigar as circunstâncias da morte de um cachorro com um tiro na cabeça durante uma ação policial na Vila Vauhy, no Núcleo Bandeirante.

O animal foi morto quando policiais realizavam buscas na casa de uma mulher para procurar um suspeito de tráfico de drogas que havia fugido. Mesmo negando a entrada aos PMs, a equipe entrou no local.

Segundo testemunhas, ao entrar no local, um dos policiais teria se assustado com o cachorro, um american bully, e atirado no animal. Em vídeos que circulam as redes sociais, é possível ver a reação da família e vizinhos. “De acordo com o agente, o animal teria apresentado comportamento agressivo, o que é negado pela tutora”, esclarece o MPDFT.

CLDF

Além do MPDFT, o vice-presidente da Câmara Legislativa (CLDF), Ricardo Vale (PT), também se manifestou sobre o caso e protocolou, na noite de ontem (09), um ofício pedindo esclarecimentos à PMDF.

Vale destaca no ofício que “é lamentável que um policial entre em casa alheia sem o consentimento do morador, sob alegações que, ainda que viessem a ser confirmadas – o que não ocorreu – não justificam a violabilidade do domicílio.”

No documento, o parlamentar afirma que o caso precisa de apuração e punição dos eventuais responsáveis. Ricardo Vale também se solidarizou com a família e acredita que os esclarecimentos são necessários, pois não é possível naturalizar uma situação absurda e violenta. Ainda no ofício, ele afirma que “atrás da vida de uma animal, muitas vezes, há histórias de afeições, carinho e familiaridade. Atitudes impensadas de agentes públicos, ainda que fossem legais, não podem destruir os sentimentos que tornam nossos lares a referência de nossas vidas”.

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