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Brasília

MPDFT denuncia cinco pessoas por chacina de família

“Um caso sem precedentes na história do DF e, inegavelmente, um dos crimes mais brutais já praticados no Brasil”, ressalta o promotor

Redação Jornal de Brasília

02/02/2023 16h30

Foto: Divulgação

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) divulgou, nesta quinta-feira (02), que a 1ª Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Planaltina denunciou cinco pessoas envolvidas no assassinato de toda uma família no início de janeiro.

Caso a denúncia seja recebida pela Justiça, Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, Carlomam dos Santos Nogueira, Fabrício Silva Canhedo e Carlos Henrique Alves da Silva responderão pela chacina da família.

“Um caso sem precedentes na história do Distrito Federal e, inegavelmente, um dos crimes mais brutais já praticados no Brasil”, ressalta o promotor de Justiça Nathan Neto. “Uma ação planejada, organizada e executada com profunda frieza”, afirma o representante do Ministério Público.

Segundo o promotor de Justiça Daniel Bernoulli, a próxima etapa processual é o recebimento da denúncia pelo poder judiciário que deve acontecer nos próximos dias. “De acordo com as investigações, mais de cem crimes foram cometidos pelos denunciados. O MPDFT trabalhará com uma força-tarefa de promotores de Justiça devido à complexidade da atuação do grupo criminoso”. Somadas as penas podem variar de 211 a 385 anos, conforme o Código de Processo Penal.

Os crimes pelos quais os réus foram denunciados, de acordo com a participação de cada um, são:

Gideon Batista de Menezes: homicídio triplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime), homicídio duplamente qualificado (uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime), ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, constrangimento ilegal com uso de arma, associação criminosa e roubo.

Horácio Carlos Ferreira Barbosa: homicídio quadruplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, intenção de obter impunidade para outro crime e vítima menor de 14 anos), homicídio triplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime), homicídio duplamente qualificado (uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime), ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, extorsão mediante sequestro, sequestro e cárcere privado, constrangimento ilegal com uso de arma, associação criminosa, roubo e fraude processual.

Carlomam dos Santos Nogueira: homicídio quadruplamente qualificado (uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, intenção de obter impunidade para outro crime e vítima menor de 14 anos), homicídio triplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime), extorsão mediante sequestro, corrupção de menor, ocultação e destruição de cadáver, sequestro e cárcere privado, ameaça com uso de arma, associação criminosa, constrangimento ilegal com uso de arma e roubo.

Carlos Henrique Alves da Silva: homicídio duplamente qualificado (recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime) e sequestro e cárcere privado.

Fabrício Silva Canhedo: extorsão mediante sequestro, associação criminosa, roubo e fraude processual.

Caso

No último dia 13, a cabeleireira Elizamar e seus três filhos desapareceram após deixarem a casa do sogro, Marcos Antônio, onde ela teria ido para buscar o marido, Thiago Gabriel. Dois dias depois, o carro da cabeleireira foi encontrado queimado com quatro corpos carbonizados na GO-436, em Luziânia (GO).

No mesmo dia, Thiago, os sogros de Elizamar, Marcos e Renata, e a cunhada, Gabriela, também desapareceram. Na madrugada do sábado (14), o carro de Marcos foi encontrado também queimados com os corpos da esposa e da filha dele, na BR-251, próximo a Unaí (MG).

Ainda no dia 17, a ex-esposa de Marcos, Cláudia Regina Marques de Oliveira, e a filha dela, Ana Beatriz Marques de Oliveira, também tiveram o desaparecimento registrado. Mesmo assim, familiares delas afirmam que elas teriam sumido ainda no dia 13.

Até o momento, seis homens, entre eles um adolescente de 17 anos, foram presos acusados de participação no crime.

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