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Brasília

MAB emociona público após 14 anos sem arte

“É um sonho. Esse museu reaberto depois de 14 anos. Aqui, participei de uma coletiva com o quadro “Peixe”. Estou encantada”

Redação Jornal de Brasília

30/05/2021 16h25

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A artista plástica Anaíce Cavalcante se emocionou assim que soube da abertura do Museu de Arte Moderna (MAB) para a visitação pública na sexta-feira (28.5), e foi uma das participantes da abertura do local. Chegou sozinha, passeou calmamente por cada quadro, registrou tudo na câmera do celular e viu um filme passar pela sua cabeça.

“É um sonho. Esse museu reaberto depois de 14 anos. Aqui, participei de uma coletiva com o quadro “Peixe”. Estou encantada. Só via essas gravuras de Tarsila do Amaral em livros. A emoção de estar diante dessa arte e nesse museu é sem tamanho. Quero expor aqui de novo. Agora, uma individual”, almeja a pintora naif que chegou de Fortaleza há 30 anos.

A emoção estética de Anaíce parecia estar espelhada nos olhos do fotógrafo e jornalista Orlando Brito, que passeava entre os totens expositivos de 18 trabalhos emblemáticos de sua autoria. Curioso, o artista fazia o exercício de imaginação: “O que será que se passa na cabeça de cada pessoa ao ficar diante de minha obra?”. Assim, via sentido para a produção marcante que o tornou uma referência da fotografia humanizada sobre o poder e seus bastidores.

“Nesses tempos de pandemia, há poucas notícias boas. A reabertura do MAB é, sem dúvida, uma delas. Um espaço tão construtivo para a cidade. Aqui, percebo como nossos personagens se tornam coadjuvantes dentro dessa maravilha de arquitetura criada por Niemeyer. A história convive com Brasília”, aponta.

Emoção aos olhos

Enquanto Orlando Brito circulava, o casal Socorro Cronberg e Emídio Lima Gomes parou diante de uma de suas obras: a foto de um ser humano fantasiado de A Morte, expondo ironicamente, no peito, a urgência à vacina.
“Não tem como não pensar na pandemia e nesse momento no qual a cultura se torna fundamental para acalmar nossos espíritos”, observou o advogado aposentado Emídio.

Com 45 anos de Brasília, os dois visitaram pela primeira vez o MAB e ficaram encantados. Emídio saiu de lá prometendo espalhar para os quatro cantos do DF as maravilhas daquele espaço, enquanto Socorro, dentista de ofício, extasiou-se com as imagens de Orlando Brito, cujo trabalho jornalístico sempre acompanhou.

A felicidade do público era o bálsamo do gerente do MAB, Marcelo Gonczarowsca, que não escondia a felicidade em ver o térreo do museu ocupado artisticamente. Nesse momento, a abertura do MAB é gradual e ocupa área externa (Jardim de Esculturas), pilotis (Orlando Brito e murais históricos) e hall (gravuras de Tarsila do Amaral). Em breve, o primeiro andar surgirá com parte substancial do acervo.

“É uma abertura com cautela”, como definiu o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, com um olho na obra de arte e outro nos rumos da pandemia. “O público precisa estar aqui com total segurança, sem risco algum para a saúde. Ao mesmo tempo em que, sabemos que esse reencontro com a arte é um refresco para alma, um alento para a população”.

MUSEU DE ARTE DE BRASÍLIA

Regras de visitação
– Visitação: de quartas a segundas-feiras, de 9h a 21h. Fechado às terças-feiras.
– Capacidade: Pilotis (140 pessoas); hall (15).
– Observação: uso de máscara, controle de temperatura e espaçamento entre as pessoas; álcool gel disponível
Informações e agendamento de visitas guiadas para grupos: [email protected]
– Classificação indicativa: Livre
– Endereço: SHTN, trecho 01, projeto Orla polo 03, Lote 05, CEP: 70800-200 Brasília – DF
– Instagram: @museudeartedebrasilia

*Com informações da Agência Brasília

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