Geovanna Bispo e Marcos Naiton
[email protected]
As 14 lojas incendiadas na Feira dos Importados, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), durante a madrugada desta segunda-feira (30), ainda passam por perícia da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Além dessas, outras 30 foram indiretamente atingidas pelo incêndio.
Os donos e comerciantes que tiveram as lojas atingidas, até o fim desta tarde, ainda não puderam entrar no centro comercial para avaliar os danos causados.
Diversos comerciantes tiveram o seu ganha pão interrompido por causa do incêndio. Como foi o caso do feirante Josimar, ele contou ao Jornal de Brasília que teve suas duas lojas de produtos eletrônicos totalmente incendiadas. Segundo Josimar, ele recebeu a notícia do incêndio pouco tempo depois da chegada do Corpo de Bombeiros. Juntando os produtos das suas duas lojas, Josimar acredita que o prejuízo chegue a 200 mil reais de produtos destruídos.
“Não temos garantia e não temos seguro, cada um arca com o seu prejuízo, […]Como é que eu vou trabalhar? O que eu tinha era aquilo ali, não tem como mais eu trabalhar. Se eu tivesse outra coisa, outra mercadoria, um estoque […] A única coisa que eu sei fazer é trabalhar de feirante”, contou Josimar.
O feirante permaneceu aos arredores da Feira dos Importados na tarde desta segunda-feira aguardando por mais informações, porém, devido a perícia que estava sendo realizada pela Defesa Civil, com a presença do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil, os comerciantes foram impedidos de entrar e conferir se suas lojas tiveram danos.
“A direção da feira não dá apoio, deviam ter reunido os donos das bancas que foram atingidas e conversar, levar os donos até as lojas para ver se sobrou alguma coisa antes de jogarem os materiais nos entulhos, […] Estou até agora esperando pra ver se liberam para entrar e ver se sobrou alguma coisa, contou o comerciante.
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), a expectativa é de que a feira volte a funcionar nesta terça-feira (31).
Entenda
Durante a madrugada, os bombeiros foram acionados para controlar as chamas que atingiam as bancas. As lojas ficam no bloco B da feira e a maioria vendia roupas e acessórios.
As chegarem no local, os militares encontraram grande quantidade de fumaça saindo pelo teto da feira, na área central. A suspeita é que o incêndio tenha sido resultado de curto-circuito.
Após mais de uma hora de ação, o incêndio foi controlado e as barracas precisaram passar por um processo de resfriamento para que as chamas não se alastrassem mais. A técnica foi necessária devido à grande quantidade de material inflamável.
No local, foi encontrado um botijão de gás que, segundo a corporação, pode ter sido um catalisador paras as chamas, já que, com o calor, a válvula do recipiente estourou.
Veja imagens do local: